
Parece que o dragão asiático acordou com gás extra neste ano. Os números que acabam de sair do forno mostram que a economia chinesa cresceu nada menos que 5,2% entre abril e junho — um ritmo que deixou até os analistas mais otimistas de queixo caído.
E olha que a coisa não foi uniforme: enquanto o varejo patinava como turista no gelo, a indústria pesada avançou como trem-bala. Setores como energia limpa e alta tecnologia puxaram o bonde pra frente, enquanto o governo soltava os cachorros com estímulos que fariam Keynes aplaudir de pé.
O que explica essa maratona econômica?
Três fatores principais:
- Injeção estatal: Pequim abriu as torneiras do crédito como quem rega plantação de arroz — generoso e estratégico
- Exportações resilientes: Apesar das tensões globais, os produtos chineses continuam conquistando prateleiras mundo afora
- Consumo interno em recuperação: Aos trancos e barrancos, os chineses estão voltando a gastar como antes da pandemia
Mas nem tudo são flores no jardim do mandarim. A crise imobiliária ainda assombra como fantasma na ópera de Pequim, e o desemprego jovem — ah, esse capítulo doloroso — continua teimando em não baixar.
E o Brasil nessa história?
Pois é, nosso cafezinho pode ficar mais barato ou mais caro dependendo desse desempenho. A China é nossa maior parceira comercial, lembra? Quando eles espirram, nós pegamos pneumonia econômica. Ou, quem sabe, uma bela gripezinha de lucros — depende do setor.
Os especialistas tão divididos: uns veem luz no fim do túnel, outros acham que é trem vindo na contra-mão. Enquanto isso, o dragão segue fumegando, desafiando as previsões mais pessimistas.