Inflação do aluguel desacelera, mas contratos que vencem em junho terão reajuste de 7%
Inflação do aluguel cai, mas contratos de junho sobem 7%

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), utilizado como referência para reajustes de aluguéis, registrou uma desaceleração em abril, com variação de 0,59%. No entanto, os contratos que vencem em junho terão um reajuste médio de 7%, segundo cálculos da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Essa discrepância ocorre porque o reajuste dos aluguéis é calculado com base na média acumulada do IGP-M nos 12 meses anteriores. Embora o índice tenha apresentado queda recente, o acumulado no período ainda reflete a inflação elevada dos últimos meses.

Impacto no bolso do inquilino

Para um contrato de R$ 2 mil, por exemplo, o reajuste de 7% representará um aumento de R$ 140 no valor mensal. Esse cenário preocupa especialmente em um momento em que muitas famílias já enfrentam dificuldades financeiras.

Perspectivas para o segundo semestre

Especialistas projetam que a inflação dos aluguéis deve continuar desacelerando ao longo do ano, acompanhando a tendência de queda geral dos preços na economia. No entanto, alertam que os reajustes ainda podem pressionar o orçamento das famílias nos próximos meses.

"Apesar da desaceleração recente, os efeitos da inflação acumulada ainda serão sentidos pelos inquilinos. É importante que as famílias se preparem para esses reajustes", comenta um economista da FGV.