
Quem achou que 2025 traria algum alívio no bolso se enganou feio. Os aluguéis residenciais simplesmente decolaram no primeiro semestre — um salto de 5,66% que deixou no chinelo o IPCA do período (2,98%). Quase o dobro! Nem o cafezinho aumentou tanto assim.
Os dados, que parecem piada de mau gosto, vieram do FipeZap+. E olha que a pesquisa nem considera aqueles aumentos "extras" que proprietários inventam na hora de renovar contrato. Sabe quando você abre o e-mail e quase tem um infarto? Pois é.
Por que tá assim?
Três fatores viraram essa bomba-relógio:
- Selic em queda: Com juros mais baixos, muita gente preferiu comprar a alugar. Menos oferta = preço lá em cima
- Crise habitacional: Cidades grandes viraram um verdadeiro cabo de guerra por imóveis decentes
- Custo das reformas: Materiais de construção nas alturas fizeram proprietários repassarem o prejuízo
E tem mais — alguns especialistas apontam que a alta do dólar encareceu imóveis em áreas turísticas, puxando a média pra cima. Quem mora no Rio ou em Floripa sabe bem do que tô falando.
E agora, José?
Segundo analistas, o segundo semestre não promete milagres. As projeções? Mais uns 3% de aumento até dezembro. Algumas capitais já estão vendo casos absurdos — em São Paulo, bairros como Pinheiros e Vila Madalena registraram aumentos de até 8%.
"É uma tempestade perfeita", define o economista Carlos Mendes, da LCA Consultores. Ele explica que, diferente de outros itens da cesta básica, o aluguel não tem como cair rápido. "Contrato é contrato. Quando sobe, fica."
Pra piorar, a inflação dos aluguéis comerciais foi ainda maior: 7,35%. Ou seja, aquele cafezinho caro? Vai ficar mais caro ainda.
Dica de ouro pra quem vai renovar contrato: negocie. Muitos proprietários preferem um reajuste menor a ficar com imóvel vazio. Mas vai ter que engolir seco e bater o pé — o mercado tá favorável pra quem aluga, infelizmente.