Petrobras dá luz verde para retomar distribuição de gás de cozinha — veja o que muda
Petrobras aprova volta da distribuição de gás de cozinha

Eis que a panela de pressão — literalmente — começa a esfriar. Numa decisão que promete aliviar o orçamento das cozinhas brasileiras, o conselho da Petrobras aprovou nesta quarta-feira a retomada da distribuição direta do gás de cozinha. A medida, que entra em vigor em outubro, chega depois de meses de reclamações nas filas dos botijões e protestos nas redes sociais.

Quem nunca ficou na mão com o fogão apagado no meio do almoço de domingo? Pois é. A volta do botijão de 13 kg pela estatal — que havia abandonado o segmento em 2021 — acontece num momento delicado. Só nos últimos 12 meses, o preço médio do gás acumulou alta de 22%, segundo o IBGE. Um rombo e tanto no bolso do brasileiro.

Por trás da decisão

Fontes próximas ao conselho contam que a votação foi acirrada. De um lado, os números vermelhos da distribuição direta. Do outro, a pressão social que não dava trégua — especialmente depois daquela cena viral de uma senhora carregando três botijões no ônibus em São Paulo.

  • Ajustes na política de preços — agora com parâmetros menos voláteis
  • Parcerias com distribuidoras regionais para reduzir custos logísticos
  • Programa de subsídios para famílias de baixa renda (em análise)

"A gente sabe que não é solução mágica", admitiu um diretor sob condição de anonimato. "Mas é o primeiro passo para tirar essa bomba do colo do consumidor."

E agora, José?

Nas ruas, a notícia foi recebida com alívio temperado de desconfiança. Dona Maria, 62 anos, dona de um boteco no Rio, já faz as contas: "Se vier mesmo mais barato, vou poder comprar dois por mês em vez de ficar contando o gás." Já o pessoal do setor privado torce o nariz — temem concorrência desleal.

Enquanto isso, nas prateleiras dos supermercados, os preços ainda assustam. Só em julho, a alta foi de 3,2%. Mas se depender da Petrobras, o pior já passou. Ou pelo menos é o que prometem. Resta saber se o gás — e a paciência do povo — vai segurar a pressão.