
Parece que a Argentina finalmente conseguiu respirar aliviada — pelo menos um pouquinho. A Moody's, aquela agência de classificação de risco que todo mundo fica de olho, decidiu dar uma mãozinha ao país vizinho. Elevou a nota de crédito de "Ca" para "Caa2". Não é um salto estratosférico, mas convenhamos: depois de tanto sufoco, até um passo de formiga parece gigante.
O que isso significa na prática? Bom, pra começar, é como se a Moody's estivesse sussurrando aos investidores: "Calma, gente, a coisa não tá tão feia quanto parecia". A mudança reflete — pasmem — uma certa estabilização na economia argentina. Sim, você leu certo. Estabilização. Na Argentina.
O que motivou a mudança?
Segundo os analistas, três coisinhas básicas:
- O governo conseguiu (milagrosamente) reduzir o déficit fiscal
- As reservas internacionais deram uma respirada
- E o programa com o FMI tá seguindo menos turbulento que um voo da Ryanair
Mas não vá achando que virou conto de fadas. A Moody's foi rápida em avisar: "Caa2" ainda é nota de lixo, só que um lixo um pouco menos fedido. O risco de calote continua lá, rondando como urubu em céu nublado.
E o mercado, como reagiu?
Ah, o mercado... esse ser bipolar. Num primeiro momento, deu aquela animada básica. Os títulos argentinos subiram como pipa em dia de vento. Mas aí o pessoal parou pra pensar: "Peraí, e a inflação de 276% ao ano? E as eleições que tão chegando?" A euforia durou menos que sorvete no sol.
Particularmente, acho que essa é daquelas notícias que a gente comemora com um pé atrás. Tipo quando seu time sofre 5 gols no primeiro tempo e no segundo faz um. Melhorou? Teoricamente. Mas a goleada ainda tá rolando.
O que vai acontecer agora? Bom, se eu soubesse, tava rico apostando no dólar futuro. Mas uma coisa é certa: a Argentina provou que mesmo os pacientes mais graves podem ter dias menos piores. Resta saber se essa melhora é passageira ou o começo de uma recuperação de verdade.