
Pois é, o tão aguardado relatório de inflação dos Estados Unidos saiu do forno — e olha, não veio morno não. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de agosto mostrou que os preços ao consumidor subiram 0,6% na comparação mensal. Anualizado? 3,7%. E aí, o mercado ficou de cabelo em pé.
O núcleo da inflação, aquele que tira itens voláteis como comida e energia — porque convenhamos, gasolina sobe e desce que nem ioiô —, também não deu trégua: 0,3% no mês e 4,3% no ano.
E o que isso significa na prática? Bom, basicamente sinaliza que o Federal Reserve (o Fed, o nosso BACEN de lá) provavelmente não vai afrouxar a política monetária tão cedo. A promessa de cortes de juros? Fica para o próximo ano, pessoal.
E o Ibovespa? Como Ficou?
Curiosamente — e a bolsa é mesmo cheia dessas ironias —, o Ibovespa reagiu bem. Sim, você leu certo. O índice fechou esta quarta-feira (13) em 117.171 pontos, uma alta de 0,46%. Quem diria, não é?
Parece contra intuitivo, mas a explicação é que o dado, ainda que alto, já estava precificado. O mercado já esperava um número robusto, então quando ele veio dentro do esperado… alívio! Nada pior do que uma surpresa desagradável, certo?
Os Motores por Trás da Inflação
E o que foi que empurrou essa inflação para cima? Dois vilões de sempre: a gasolina e o aluguel. Só o grupo 'habitação' foi responsável por mais de metade do aumento mensal. Um absurdo, mas infelizmente, uma realidade para muitos.
Isso coloca o Fed numa sinuca de bico. Por um lado, a economia ainda esquenta. Por outro, o fantasma da inflação teima em não ir embora de vez.
E aí, o que esperar? A postura do Fed deve continuar "hawkish" — ou seja, dura, vigilante. A taxa de juros americana deve se manter elevada por mais tempo, segurando qualquer ânimo mais eufórico.
No fim das contas, é aquela velha história: dois passos para frente, um para trás. A desinflação é um processo, não um botão que se aperta. E o mercado, bem… o mercado segue dançando conforme a música.