
Finalmente uma boa notícia para quem vive de aluguel no Brasil! Depois de meses apertando o cinto, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) surpreendeu com uma queda de 0,77% em julho — o primeiro recuo desde abril, quando a inflação dos aluguéis parecia não ter freio.
Os dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgados nesta terça, mostram que o respiro veio principalmente da queda nos preços dos materiais de construção (-1,23%) e tarifas de energia (-0,93%). Algo que, convenhamos, já era esperado depois daquele sufoco nos primeiros meses do ano.
O que está por trás dos números?
Pra entender a virada, é preciso olhar pra três fatores que andam dançando juntos:
- O dólar mais comportadinho — depois da turbulência no começo do ano, a moeda americana deu uma sossegada, o que ajuda nos custos de importação
- Matérias-primas em baixa — aquele alívio nos preços globais de commodities finalmente chegou aqui
- Demanda menos aquecida — com juros altos, muita gente tá adiando planos de mudança ou reforma
"A gente vê um cenário menos pressionado, mas ainda é cedo pra cantar vitória", comenta o economista João Silva (nome fictício pra proteger o inocente). "O mercado imobiliário ainda respira com dificuldade."
E agora, o que esperar?
Se você tá achando que isso significa aluguéis mais baratos daqui pra frente, segura a empolgação. Especialistas apontam que:
- A queda foi pontual e pode não se sustentar
- Contratos antigos ainda vão repassar aumentos acumulados
- O cenário internacional segue incerto — e isso sempre acaba batendo na nossa porta
Mas calma, nem tudo são espinhos. Com a Selic começando a cair (mesmo que devagar), o crédito deve ficar menos travado. E isso, meu amigo, pode ser o empurrãozinho que faltava pra movimentar o mercado.
Pra quem tá procurando imóvel, a dica é: negocie. Proprietários estão mais abertos a conversar, especialmente em regiões com alta oferta. Como dizia minha avó: "em time que está perdendo, até craque joga de zagueiro".