
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, registrou desaceleração em setembro, ficando em 0,26%. O número, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa uma queda em relação ao índice de agosto (0,28%).
Queda nos preços dos alimentos puxa desaceleração
O principal fator para a desaceleração da inflação foi a deflação (queda de preços) no grupo alimentação e bebidas, que recuou 0,38% em setembro. Itens como:
- Feijão (-8,15%)
- Tomate (-7,51%)
- Cebola (-5,58%)
- Batata-inglesa (-4,92%)
foram os principais responsáveis por essa redução. A queda nos preços desses produtos básicos trouxe alívio para o orçamento das famílias brasileiras.
Outros grupos de despesa
Enquanto os alimentos apresentaram deflação, outros grupos registraram alta nos preços:
- Transportes: +0,71% (impactado pelo aumento dos combustíveis)
- Habitação: +0,55% (com destaque para a energia elétrica)
- Saúde e cuidados pessoais: +0,49%
Impacto no acumulado do ano
Com o resultado de setembro, o IPCA-15 acumula alta de 3,74% no ano e de 4,73% nos últimos 12 meses. Os números ficam abaixo do centro da meta de inflação do Banco Central, que é de 3% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Perspectivas para os próximos meses
Economistas avaliam que a tendência é de manutenção da inflação em patamares moderados nos próximos meses, mas alertam para possíveis pressões nos preços de serviços e nos itens monitorados pelo governo.