
Não é brincadeira: a cidade que nunca para está enfrentando um problema que parece não ter freio. O número de inadimplentes em São Paulo — sim, aquela multidão que mal consegue pagar as contas básicas — atingiu um patamar que deixou até os economistas mais experientes de cabelo em pé.
Segundo os últimos dados, quase metade da população adulta da capital está com o nome sujo. E olha que não estamos falando só daquela dívida do cartão que "rola" todo mês. A coisa é séria: contas de luz, aluguel, até mesmo o básico do supermercado estão virando um pesadelo para muita gente.
O que está por trás desse cenário?
Bom, pra começar, o custo de vida na cidade subiu como foguete — enquanto os salários parecem ter ficado presos no térreo. Aluguel caríssimo, transporte público que pesa no bolso, e os preços no mercado? Nem se fala. Quem ganha um salário mínimo então, coitado, vive no modo "sobrevivência".
E tem mais: o desemprego ainda assombra muitos paulistanos. Mesmo quem tem trabalho fixo anda com medo de perder o emprego a qualquer momento — e aí, como pagar as contas? Alguns especialistas até brincam (sem graça) que virou "moda" ser inadimplente em SP.
Efeito dominó
O pior é que isso não afeta só quem está devendo. O comércio local sente o baque — afinal, consumidor endividado compra menos. Pequenos negócios, então, estão no limite. "Ou a situação melhora, ou vamos ter que fechar as portas", desabafa um dono de padaria na Zona Leste.
Os bancos e financeiras, claro, estão em alerta máximo. Mas será que só aumentar os juros é a solução? Alguns economistas mais críticos torcem o nariz pra essa ideia — pra eles, isso só piora o problema.
E agora?
Enquanto isso, nas periferias, a realidade é ainda mais dura. Muita gente já desistiu de tentar negociar as dívidas e vive no "jeitinho" — aquela velha arte de se virar com o pouco que tem. "Todo mês é uma loucura pra decidir qual conta vai ficar pra depois", conta uma mãe solo do Capão Redondo.
Os especialistas alertam: sem políticas públicas eficientes, essa bola de neve só vai crescer. E o pior? Ninguém parece ter a fórmula mágica pra resolver esse problema — pelo menos não tão cedo.