Ibovespa Quebra a Maldição de Setembro e Dispara Para 140 Mil Pontos — Veja os Motivos
Ibovespa fecha em alta e supera os 140 mil pontos

Finalmente, um alívio. Depois de um começo de setembro que mais parecia um pesadelo para quem acompanha o mercado, a Bolsa de Valores brasileira deu a volta por cima nesta quarta-feira. O Ibovespa, principal índice da B3, fechou em alta — a primeira do mês — e rompeu a barreira psicológica dos 140 mil pontos. Algo que ninguém esperava depois de tantos dias no vermelho.

O dia foi de respiro. O índice avançou expressivos 0,82%, chegando a marcar 140.038 pontos. Quem segurou as ações viu o prejuízo diminuir — ou até mesmo virar lucro. E olha que a sessão não foi tranquila: misturou otimismo com cautela, numa dança típica de quem não confia totalmente no futuro próximo.

O que impulsionou a alta?

Dois fatores centais parecem ter dado o gás que o mercado precisava. Primeiro: o dólar. A moeda americana recuou frente ao real, chegando a cair mais de 1% em alguns momentos do dia. Isso sempre alivia a pressão sobre as empresas exportadoras — que têm seus resultados diretamente impactados pela cotação cambial.

Segundo: a ansiedade em relação ao Copom. O Comitê de Política Monetária do BC se reúne na próxima semana e, convenhamos, todo mundo tá na expectativa. A aposta geral é que os juros comecem a cair mais aceleradamente. E mercado gosta de juro baixo — é quase uma lei não escrita.

Não foi só por aqui não. Lá fora, os ventos também sopraram a favor. Os índices europeus e americanos mostraram força, e até as bolsas emergentes — que andavam capengas — deram sinal de vida. Isso aqui é tudo conectado, né? Quando o mundo fica otimista, a gente sente.

Setembro ainda preocupa

Apesar do dia positivo, o mês ainda acumula uma perda de mais de 3%. Setembro historicamente é complicado — tem quem chame de “mês do cuidado”, outros só de azar mesmo. Volatilidade alta, notícias políticas… tudo vira motivo para o investidor ficar com o pé atrás.

E não é só impressão. Dados mostram que, desde 2022, setembro tem sido um mês de resultados negativos. Quebrar essa sequência exigiu um esforço danado do mercado. Será que veio para ficar? Aí já é outra história.

Setor que mais subiu: imóveis

Quem se deu melhor hoje foram as ações do segmento imobiliário. Com a expectativa de queda na Selic, o crédito fica mais barato — e quem compra casa ou investe em tijolo agradece. Foi um alívio e tanto para um setor que vinha sofrendo com os juros nas alturas.

Já as commodities… bem, essas ficaram numa montanha-russa. O minério de ferro subiu, puxado pela siderúrgica chinesa — e isso ajudou algumas gigantes nacionais. Já o petróleo variou pouco, mas manteve uma certa estabilidade que, convenhamos, já é uma vitória.

No fim do dia, o sentimento foi de cautela otimista. Ninguém está comemorando como se fosse uma virada definitiva — até porque o cenário externo segue incerto. Mas, cá entre nós, depois de tantas quedas, ver o gráfico fechando no azul já é motivo para respirar fundo e esperar o amanhã.