O cenário do crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS mudou radicalmente nos últimos meses. Uma medida de segurança implementada pelo governo federal está causando uma revolução no mercado de empréstimos, com números que impressionam.
Queda Histórica no Volume de Crédito
Os dados mais recentes revelam que o valor total de empréstimos consignados contratados por beneficiários do INSS despencou para menos da metade. Enquanto em setembro do ano passado o montante chegava a expressivos R$ 11,9 bilhões, em setembro deste ano o número caiu para apenas R$ 5,6 bilhões.
Essa redução de mais de 50% representa uma mudança significativa no comportamento do mercado de crédito para um dos públicos que mais utilizava essa modalidade de empréstimo.
O Que Está Por Trás Dessa Queda Drástica?
A explicação para essa reviravolta está na implementação de uma medida de segurança que vem sendo considerada um marco na proteção financeira dos aposentados: a exigência de biometria facial e reconhecimento digital para a contratação de empréstimos consignados.
Desde julho deste ano, tornou-se obrigatório que todo processo de contratação inclua:
- Reconhecimento facial por webcam ou aplicativo
- Captura da digital do solicitante
- Validação biométrica cruzada
Proteção ou Barreira?
Especialistas em segurança digital comemoram a medida como uma vitória contra fraudes e golpes que tradicionalmente vitimavam aposentados. "A biometria cria uma barreira quase intransponível para criminosos que se passavam por idosos", explica um analista do setor.
Por outro lado, instituições financeiras relatam uma significativa redução no número de aprovações, já que muitos idosos encontram dificuldades com a tecnologia necessária para a biometria ou simplesmente desistem do processo pela complexidade adicional.
Impacto no Dia a Dia dos Aposentados
O empréstimo consignado sempre foi uma opção popular entre aposentados por oferecer taxas de juros mais baixas e a facilidade do desconto direto na folha de pagamento. Agora, com a nova barreira de segurança, muitos precisam buscar alternativas ou adaptar-se à nova realidade digital.
O Banco Central acompanha de perto esses números e já sinaliza que a medida, apesar do impacto inicial negativo nos volumes, representa um avanço crucial na proteção do consumidor idoso.
E o Futuro?
Analistas projetam que, após esse período de adaptação, os números devem se estabilizar em um novo patamar. A segurança biométrica veio para ficar e tende a se expandir para outras modalidades de crédito, criando um ambiente financeiro mais seguro para todos.
Enquanto isso, aposentados e pensionistas que realmente necessitam de crédito estão aprendendo a navegar por esse novo sistema que, apesar de mais seguro, exige um esforço adicional de adaptação tecnológica.