
Depois de dez longos meses apertando o cinto dos juros, parece que o Banco Central finalmente vai dar um respiro. Quem acompanha o noticiário econômico já sentia no ar — aquele cheiro de "chega" que vem antes das grandes viradas.
Não foi fácil. Desde agosto do ano passado, a Selic subiu como foguete em dia de lançamento: de 2% ao ano para os atuais 13,75%. Agora, os especialistas apontam que o Copom (aquele comitê que decide essas coisas) deve bater o martelo e manter os juros onde estão. Pelo menos por um bom tempo.
E agora, José?
O que isso significa na prática? Bom, para o cidadão comum:
- Crédito não vai ficar mais caro (ufa!)
- Mas também não espere aquela choradeira de juros baixos tão cedo
- O aperto continua, só que sem novos apertos — entendeu a diferença?
Os economistas mais cascudos — aqueles que já viram várias dessas crises — estão divididos. Uns acham que o BC exagerou na dose. Outros juram de pé junto que foi necessário. E você? Já sentiu no bolso esses aumentos?
O jogo longo
O que pouca gente fala é que manter os juros altos por um período prolongado é como segurar a respiração debaixo d'água. No começo até vai, mas depois... O mercado já começa a dar sinais de cansaço.
"A inflação está cedendo, mas ainda não está no alvo", diz um analista que prefere não se identificar (medo de azar, sabe como é). "O BC vai querer ver o branco dos olhos da estabilidade antes de relaxar."
Enquanto isso, nas ruas, o povo se vira como pode. O crédito imobiliário? Quase um conto de fadas. Cartão de crédito? Melhor nem olhar o extrato. Mas há uma luz no fim do túnel — ainda que pequena e meio tremida.
O que você acha? O BC acertou na dose ou passou do ponto? Conta pra gente nos comentários — se sobrar algum dinheiro depois de pagar as contas, claro.