
Quem diria que o modelo cooperativista, muitas vezes visto como "alternativo", está dando um verdadeiro show em Goiás? Os números não mentem: as cooperativas de crédito no estado registraram um salto de 20% no último ano. E olha que não foi um crescimento qualquer – foi aquele tipo de avanço que faz a gente parar e prestar atenção.
Enquanto os bancos tradicionais parecem engessados em suas burocracias, as cooperativas goianas estão fazendo a festa – e o melhor: levando a população junto. "É como comparar um fusca com um carro zero km", brinca um associado de Anápolis, que preferiu não se identificar. "A diferença no atendimento é abismal."
O segredo do sucesso?
Parece óbvio, mas muitas instituições financeiras ainda não entenderam: tratar as pessoas como... pessoas! Nas cooperativas goianas, o cliente vira dono – e essa mentalidade muda tudo. Juros mais baixos, atendimento personalizado e, o mais importante, o dinheiro fica circulando na região.
- Taxas até 30% menores que os bancos tradicionais
- Processos de aprovação mais ágeis
- Reinvestimento dos lucros na própria comunidade
Não é à toa que cidades como Rio Verde e Jataí estão vendo um boom no pequeno comércio. "Consegui expandir minha loja de materiais de construção quando nenhum banco quis me ouvir", conta Maria das Graças, 54 anos, que hoje emprega mais três pessoas graças a um empréstimo cooperativo.
Mas nem tudo são flores...
Claro que existem desafios. Algumas pessoas ainda torcem o nariz para o modelo cooperativo, achando que é "coisa de interior" ou "para poucos". Bobagem! O sistema está mais moderno do que muita fintech por aí – com aplicativos, internet banking e até cartões com cashback.
Outro ponto: a educação financeira. Muitos associados nunca tinham tido acesso a serviços bancários antes. "Tivemos que ensinar desde como fazer uma transferência até noções básicas de investimento", explica um gerente de cooperativa em Goiânia, que pediu para não ser identificado.
O que esperar do futuro?
Se o crescimento continuar nesse ritmo (e tudo indica que vai), Goiás pode se tornar um case nacional de cooperativismo financeiro. Já imaginou? O estado que é celeiro do agronegócio brasileiro também virando referência em inclusão financeira!
Enquanto isso, nas pequenas cidades do interior, o efeito multiplicador já é visível. Cada real aplicado numa cooperativa vira combustível para a economia local – seja na padaria da esquina, na oficina mecânica ou no escritório de contabilidade.
Parece que Goiás encontrou, nas cooperativas, uma fórmula que dá certo: unir desenvolvimento econômico com justiça social. E o melhor? Sem precisar reinventar a roda – apenas resgatando valores básicos de cooperação e comunidade.