Venezuela anuncia novas tarifas para produtos brasileiros: entenda o impacto
Venezuela aumenta tarifas para produtos do Brasil

Eis que a Venezuela resolveu mexer no vespeiro — e o alvo, dessa vez, são os produtos brasileiros. A partir de agora, quem exporta para o país vizinho vai ter que desembolsar um pouco mais. E olha, não é pouco não.

O governo de Nicolás Maduro anunciou nesta quinta-feira (25) um aumento nas tarifas de importação para uma série de itens vindos do Brasil. A medida pegou muita gente de surpresa, especialmente os exportadores que já vinham enfrentando dificuldades com a instabilidade econômica venezuelana.

Quem vai sentir no bolso?

Dentre os produtos mais afetados, destacam-se:

  • Alimentos processados (que já estavam com os preços lá em cima)
  • Peças automotivas (um setor que parecia estar se recuperando)
  • Produtos farmacêuticos (sim, até remédios entraram na lista)

"É um tiro no pé", comentou um exportador que preferiu não se identificar. "A gente já trabalhava com margens mínimas por causa da crise deles, agora fica inviável."

E do outro lado?

Enquanto isso, em Caracas, o ministro da Economia justificou a medida como "necessária para proteger a indústria nacional". Só que tem um detalhe: a Venezuela importa cerca de 70% dos alimentos que consome. Dá pra entender a preocupação dos brasileiros, né?

Analistas ouvidos pelo G1 foram diretos: "Isso vai encarecer ainda mais a cesta básica dos venezuelanos", disparou um economista especializado em comércio exterior. Outro foi mais cauteloso: "Pode ser uma manobra temporária, mas o timing é péssimo".

O Itamaraty já sinalizou que está "analisando a situação", mas até agora nenhuma medida concreta foi anunciada. Enquanto isso, os exportadores ficam no limbo — aquela ansiedade de quem não sabe se cancela os contratos ou segura a onda.

Uma coisa é certa: com a economia global mais instável que barco em mar revolto, cada decisão dessas pode ter efeitos em cascata. E o Brasil, que já vinha enfrentando desafios nas relações comerciais com a Argentina, agora tem mais uma dor de cabeça para administrar.