
Parece que o comércio brasileiro está pisando em ovos. Pelo terceiro mês seguido, as vendas no varejo deram uma escorregada — dessa vez, 0,1% em junho, segundo o IBGE. Não é um tombo, mas também não é motivo para comemorar, né?
O setor de combustíveis foi o que mais pesou nessa conta — queda de 2,4%, provavelmente por causa daquele sobe e desce nos preços que ninguém aguenta mais. Já os supermercados, esses sim seguraram as pontas, com um desempenho praticamente estável (0,1% de variação).
Onde está o dinheiro do brasileiro?
Quem esperava uma recuperação mais animadora pode ir tirando o cavalinho da chuva. Desde abril, o comércio patina sem conseguir engatar uma marcha à frente. E olha que estamos falando de um período que costuma ser mais movimentado, com datas como Dia das Mães e São João.
- Combustíveis: -2,4% (o maior tombo)
- Supermercados: +0,1% (quase no zero a zero)
- Móveis e eletrodomésticos: -0,7% (a conta não fecha)
"É como se o consumidor estivesse com o pé no freio", comenta um economista que prefere não se identificar. E não é pra menos — com juros altos e inflação teimosa, o brasileiro anda mais preocupado em pagar as contas do que em fazer compras por impulso.
E agora, José?
Se depender dos especialistas, a situação pode melhorar — mas não tão cedo. Alguns apostam que o segundo semestre deve trazer um fôlego, especialmente com o 13º salário batendo na porta. Outros são mais cautelosos e lembram que, em economia, otimismo demais pode ser receita para frustração.
Enquanto isso, os lojistas seguem na corda bamba, tentando equilibrar promoções atraentes com margens de lucro cada vez mais apertadas. Uma dança difícil, que parece longe de acabar.