
Julho trouxe mais um capítulo na saga da inflação nos Estados Unidos — e dessa vez, as tarifas comerciais roubaram a cena. Você já parou pra pensar como essas medidas, que parecem tão distantes, acabam batendo direto no seu bolso? Pois é, a conta chegou.
Os números do CPI (Índice de Preços ao Consumidor) mostraram um aumento de 0,2% em julho, mas o diabo mora nos detalhes. Enquanto alguns setores respiraram aliviados, outros sofreram um baque considerável por causa das tarifas de importação. Quer um exemplo? O preço dos carros usados despencou 5,6%, mas os alimentos em geral subiram — e como!
O xadrez das tarifas
Não é segredo que a política comercial americana tem sido... digamos, peculiar nos últimos anos. As tarifas sobre produtos chineses, por exemplo, criaram um efeito dominó que ninguém conseguiu escapar. E adivinha só? Quem sempre paga o pato é o consumidor final.
- Eletrônicos: +3,2% (graças às tarifas sobre componentes)
- Vestuário: +1,5% (matéria-prima mais cara)
- Energia: -0,4% (único alívio no meio do caos)
"Mas peraí", você deve estar pensando, "como isso me afeta aqui no Brasil?" Bom, quando os EUA espirram, o mundo pega pneumonia. Nossas exportações, importações — tudo fica mais caro quando o dólar sobe por causa da inflação lá.
O lado humano da equação
Enquanto os economistas discutem porcentagens, a dona Maria lá da esquina sente na pele quando o quilo do arroz sobe 50 centavos. É isso que ninguém conta: inflação não é só número, é prato vazio, é conta que não fecha no fim do mês.
E olha que julho ainda foi "bonzinho" — especialistas já avisam que agosto pode trazer surpresas desagradáveis. Com a temporada de furacões se aproximando e as tensões comerciais longe de acabar, o melhor é segurar o cinto.
No fim das contas, uma coisa é certa: nesse jogo de xadrez econômico, somos nós, meros peões, que pagamos o preço mais alto. Resta saber até quando...