Tarifasso dos EUA Derruba Exportações Brasileiras, Mas Mercados Alternativos Salvam a Pátria
Tarifas dos EUA derrubam exportações, mas Brasil se recupera

Parece que o eixo comercial do mundo está girando de forma imprevisível — e o Brasil, com uma sagacidade impressionante, está surfando nesta onda turbulenta. Os números que chegaram são de deixar qualquer um de queixo caído: as exportações para os Estados Unidos simplesmente despencaram 44% no acumulado do ano até agosto.

Não é pouco, é uma queda brutal. Quase metade do que a gente vendia para os americanos simplesmente evaporou. E a culpa? Aquelas tarifas de importação que Washington resolveu impor, é claro — o famoso "tarifasso" que pegou todo mundo de surpresa.

Mas calma, não é o fim do mundo

Enquanto um portão se fechou, vários outros se abriram — e como! O que poderia ter sido uma tragédia nacional se transformou numa aula de resiliência econômica. Enquanto as vendas para os EUA encolhiam, outros mercados devoravam nossos produtos com uma fome insaciável.

China, Argentina, União Europeia... esses caras não perderam tempo. E o resultado? O superávit comercial brasileiro — aquele dinheiro que sobra quando exportamos mais do que importamos — atingiu a marca impressionante de US$ 61,5 bilhões. Um aumento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado!

Os números que contam a história real

Vamos aos detalhes suculentos que todo mundo quer saber:

  • Queda violenta nos EUA: US$ 4,9 bilhões a menos em vendas. É dinheiro que some, gente.
  • China na liderança: Comprou US$ 7,1 bilhões a mais do que antes. Eles não param mesmo.
  • Argentina em recuperação: Aumento de US$ 2,3 bilhões — sinal de que os hermanos estão respirando melhor.
  • Europa não ficou para trás: Adicionou US$ 1,8 bilhão ao nosso caixa.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não perdeu a oportunidade de fazer uma análise afiada: "A diversificação comercial nos salvou de uma crise anunciada". E como salvou!

O que estamos vendendo para o mundo?

Aqui vem a parte interessante — o mix de produtos que mantém nossa economia respirando. Não são apenas commodities tradicionais não:

  1. Minério de ferro — continua sendo nosso carro-chefe, claro
  2. Petróleo e derivados — os preços ajudaram, e muito
  3. Complexo soja — sempre presente, sempre forte
  4. Carne bovina — o mundo não para de comer nossa picanha
  5. Produtos manufaturados — um crescimento surpreendente que poucos esperavam

E falando em produtos manufaturados, esse foi o verdadeiro trunfo escondido. Enquanto todo mundo esperava que afundássemos com as tarifas americanas, setores como automóveis, autopeças e máquinas agrícolas encontraram mercados alternativos com uma agilidade de dar inveja.

É quase como se a indústria nacional tivesse acordado de um sono profundo — e descobriu que é mais competente do que imaginava.

E agora, o que esperar?

Os especialistas estão divididos, como sempre. Alguns preveem que as relações com os EUA vão se normalizar gradualmente — essas guerras comerciais raramente duram para sempre. Outros acham que o dano já está feito, e que o Brasil encontrou novos parceiros que vieram para ficar.

Uma coisa é certa: a lição ficou. Colocar todos os ovos na mesma cesta — mesmo que seja a cesta mais poderosa do mundo — é um risco que não podemos mais correr. A diversificação comercial deixou de ser opção e virou necessidade estratégica.

O Brasil aprendeu na marra a arte da diplomacia comercial multilateral. E pelo visto, estamos nos saindo até que bem na função. Quem diria, hein?