Tarifas dos EUA podem abalar economia do Rio Grande do Sul: entenda os impactos
Tarifas dos EUA ameaçam economia do Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul está na mira de uma tempestade comercial que vem do norte. Os novos impostos anunciados pelos Estados Unidos — aqueles mesmos que parecem saídos de um filme de espionagem econômica — estão deixando empresários gaúchos com os cabelos em pé. E não é para menos.

Quem trabalha com carne bovina, soja ou tabaco já sente o cheiro de encrenca no ar. "É como se alguém tivesse fechado a torneira do nosso principal cliente", comenta um exportador anônimo, enquanto ajusta os óculos com ar preocupado.

Números que doem

Só no primeiro semestre, o estado embarcou US$ 1,2 bilhão em produtos para terras ianques. Uma cifra que, convenhamos, não é brincadeira. Mas agora, com essas tarifas extras, a conta não vai fechar — e o prejuízo promete ser daqueles que deixam marcas.

O setor de calçados, tradicional na região, parece ter levado um chute no estômago. "Já estávamos sofrendo com a concorrência asiática", desabafa o presidente do sindicato local, "agora é como correr uma maratona com pesos nas pernas".

Efeito dominó

O pior? Isso não fica só nas grandes empresas. Pequenos produtores rurais — aqueles que mal sabem pronunciar "tarifa" direito — vão sentir no bolso. A cadeia toda treme:

  • Menos exportação significa menos dinheiro circulando
  • Menos dinheiro significa menos empregos
  • E menos empregos... bem, você já sabe onde isso vai parar

O governo estadual está fazendo cara de paisagem, mas todo mundo sabe que as opções são limitadas. "Vamos buscar novos mercados", promete um secretário, enquanto os empresários reviram os olhos. Já ouviram essa antes, não?

Enquanto isso, nas ruas de Porto Alegre, o assunto rende conversas de boteco. "Os gringos querem nos empurrar para a China", teoriza um taxista entre um gole e outro de chimarrão. Pode até ser exagero, mas reflete o clima de incerteza que paira no ar.

Uma coisa é certa: o segundo semestre promete. E quando digo "promete", quero dizer que provavelmente vai doer. Muito.