Tarifas dos EUA batem recorde e afetam quase 80% das exportações brasileiras, alerta CNI
Tarifas dos EUA afetam 78% das exportações brasileiras

Parece que o jogo ficou mais duro para o Brasil no tabuleiro do comércio internacional. Segundo dados fresquinhos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), as tarifas impostas pelos Estados Unidos já atingem nada menos que 77,8% de tudo que exportamos para lá. Um número que dá frio na espinha.

Não é exagero dizer que estamos falando de um verdadeiro tsunami alfandegário. Os produtos brasileiros estão sendo taxados em média 12,4% ao entrar no mercado americano - uma das maiores taxas entre nossos competidores diretos. Mexicano? 0,1%. Canadense? 0,5%. A gente? Bem... você já viu.

Setores mais afetados

O balanço é especialmente dolorido para:

  • Aço e alumínio: alvos preferenciais nessa guerra tarifária
  • Produtos químicos: com taxas que beiram o absurdo
  • Bens manufaturados: nossa cara está virando piada no mercado internacional

E olha que o pior pode estar por vir. Com a economia americana dando sinais de cansaço, a tendência é que eles apertem ainda mais o cerco contra importações. "É como jogar xadrez com as peças amarradas", define um exportador que prefere não se identificar.

O outro lado da moeda

Enquanto isso, nossos concorrentes seguem nadando de braçada. O acordo entre EUA, México e Canadá (o tal de USMCA) criou uma zona quase livre de tarifas - da qual, claro, estamos de fora. Resultado? Perdemos competitividade a cada dia que passa.

"Temos que repensar nossa estratégia", admite um analista do setor. "Ou viramos o jogo, ou vamos ficar só na arquibancada assistindo."