
Não é exagero dizer que o clima nas indústrias brasileiras está mais tenso do que torcedor na final do campeonato. E o motivo? Aquelas famosas tarifas que o ex-presidente americano Donald Trump ameaçou implementar — e que agora, em agosto de 2025, começam a mostrar seus dentes afiados.
O que parecia um blefe distante virou realidade concreta. E olha que nem precisou chegar a aplicação efetiva das taxas para o setor produtivo começar a sentir o calafrio na espinha. É o famoso "efeito cascata" agindo antes mesmo da queda da primeira peça.
Setores mais vulneráveis
Quem trabalha com:
- Aço e alumínio — já está revendo contratos com mão trêmula
- Agronegócio — aquele frio na barriga de quem depende das exportações
- Têxtil e calçados — recalcula a rota mais rápido que GPS com defeito
"A gente tá no modo sobrevivência", confessa — sob condição de anonimato — um executivo do ramo metalúrgico de São Paulo. E não é pra menos: os preços dos insumos importados já deram um salto digno de atleta olímpico.
O contágio financeiro
Parece até aquela história do vírus que todo mundo temia: primeiro ataca um, depois se espalha. Só que aqui o contágio é financeiro. E rápido! Algumas empresas já reportam:
- Redução de margens em até 15%
- Revisão de investimentos planejados
- Congelamento de contratações
E o pior? Isso é só o aperitivo. O prato principal — as tarifas de fato — ainda está no forno. Quando sair, a conta pode ficar salgada demais para muitos negócios que mal se recuperaram da pandemia.
Os economistas mais pessimistas — aqueles que sempre preveem o apocalipse — desta vez podem ter razão. Ou não. Porque no meio dessa confusão toda, tem empresário se virando como pode. Alguns até encontrando oportunidades onde outros só veem crise.
Mas convenhamos: pra maioria, o cenário é mais cinza que dia de inverno em Curitiba. E você, já sentiu esses efeitos no seu bolso ou no seu negócio?