
Parece que o Papai Noel este ano pode chegar com a conta mais salgada do que o esperado. As tarifas comerciais impostas pelo governo Trump — aquelas mesmas que prometiam "proteger a economia americana" — estão mostrando suas garras justamente na época mais sensível para o varejo: as compras de Natal.
Quem diria, né? Os números começam a pintar um cenário preocupante. Segundo levantamentos do setor, os preços de produtos como eletrônicos, brinquedos e até aquelas decorações festivas que todo mundo adora já subiram em média 15% desde o anúncio das medidas. E olha que a temporada nem esquentou direito ainda.
O que está mais caro?
Vamos aos fatos que doem no bolso:
- Eletrônicos: aquela TV nova para assistir aos filmes de Natal? Pode esquecer os preços do ano passado
- Brinquedos: 70% dos mais vendidos nos EUA vêm da China — adivinhe quem paga a conta?
- Decorações: as famílias estão repensando aquelas luzinhas extravagantes para o jardim
Não é exagero dizer que o "Ho Ho Ho" do bom velhinho pode virar um "Oh Oh Oh" de preocupação nas lojas. Os varejistas, entre a cruz e a espada, tentam repassar parte dos custos sem assustar os clientes — uma equação quase impossível.
E o consumidor?
Aqui a coisa fica interessante. Pesquisas mostram que:
- 38% dos americanos pretendem reduzir o número de presentes
- 25% vão priorizar marcas nacionais (mesmo pagando mais)
- Quase metade começou as compras mais cedo para aproveitar promoções
— "Mas e aí, vale a pena esperar por promoções de última hora?" — pergunta a dona Maria, mãe de três em Ohio. Difícil responder. Especialistas alertam que, diferente de outros anos, os descontos profundos podem não aparecer como antes.
O que parece certo é que essa política comercial está criando um Natal diferente — mais contido, mais calculado. Resta saber se o "espírito natalino" resiste às leis da economia. Uma coisa é certa: o cartão de crédito vai sentir.