
Parece que o setor do alumínio no Brasil está prestes a enfrentar uma tempestade perfeita — e não, não estamos falando de previsão do tempo. Com o recente aumento nas tarifas de energia, as fábricas estão recalculando seus orçamentos e os números não são nada animadores.
Segundo estimativas do setor, o famigerado "tarifaço" pode levar a perdas de R$ 11,5 bilhões até 2025. Isso mesmo, bilhões com "B" maiúsculo. E olha que não estamos contando aí o preço do desgaste psicológico dos empresários.
O que está em jogo?
Para você ter ideia, a produção de alumínio é uma daquelas atividades que devora energia elétrica — tipo adolescente com pacote de bolacha. E agora, com os reajustes nas contas de luz, a conta não fecha:
- Cada tonelada produzida vai custar R$ 1.000 a mais
- Empresas podem reduzir produção em até 30%
- Risco real de fechamento de fábricas
"É como tentar competir numa maratona com os pés amarrados", desabafa um executivo do setor que preferiu não se identificar — afinal, ninguém quer briga com o governo.
Efeito dominó na economia
O pior? Isso não fica só no alumínio. A cadeia produtiva inteira sente o baque:
- Menos alumínio → mais importações → dólar pressionado
- Fábricas paradas → desemprego em alta → consumo caindo
- Preços dos produtos finais lá nas alturas
E tem mais: o Brasil, que já foi o player global do alumínio, agora assiste impotente enquanto perdemos competitividade para China e Rússia. Ironia? Nossa energia era justamente nosso diferencial.
Enquanto isso, nas salas de diretoria, a pergunta que não quer calar: será que alguém lá em cima realmente entende como a indústria funciona? Porque de fora, parece que estão jogando xadrez sem saber as regras do jogo.