
O Brasil parece estar pisando no freio quando o assunto é consumo. Dados recentes mostram que o varejo está patinando — e isso, meu caro leitor, pode ter um efeito dominó bem mais sério do que imagina.
Segundo análises de especialistas, aquele cafezinho que você pensou duas vezes antes de comprar na padaria pode ser só a ponta do iceberg. Quando multiplicado por milhões de consumidores, esse comportamento forma uma tendência preocupante.
Os números que assustam
Parece que o brasileiro está com o pé atrás na hora de abrir a carteira. E não é só impressão:
- Queda de 0,6% no volume de vendas em fevereiro
- Recuo acumulado de 1,1% nos últimos 12 meses
- Setores como móveis e eletrodomésticos sofrendo mais
"Quando o varejo espirra, a economia pega pneumonia", brinca — sem muita graça — o economista Carlos Mendes, da consultoria EconTrends. Ele explica que o consumo responde por cerca de 60% do PIB brasileiro.
O que está por trás dessa retração?
Ah, aí temos um caldo grosso de fatores:
- Juros altos que cortam o fôlego do crédito
- Inflação que ainda dói no bolso
- Desemprego que teima em não cair como deveria
- Incerteza política — porque no Brasil isso sempre conta
E tem mais: o brasileiro médio está com a faca e o queijo na mão, mas parece ter esquecido como fazer o sanduíche. O medo de comprometer o orçamento está falando mais alto.
E o PIB nessa história?
Os economistas estão revendo suas projeções para baixo. Alguns já falam em crescimento abaixo de 2% em 2024 — um número que, convenhamos, não chega a ser espetacular.
"É um sinal amarelo que pode virar vermelho", alerta a analista Fernanda Costa, do Instituto de Estudos Econômicos. Ela destaca que o varejo é um termômetro importante da saúde econômica.
Mas nem tudo está perdido. Alguns setores ainda resistem, como alimentos e bebidas (porque comer, todo mundo precisa) e farmácias (saúde não pode esperar).
O governo, por sua vez, garante que medidas estão sendo tomadas para estimular o consumo. Mas será que vão chegar a tempo? Essa é a pergunta de um milhão de dólares — ou melhor, de reais.