
Parece que o brasileiro tá mesmo apertando o cinto — e como! Dados fresquinhos mostram que as vendas em bares e restaurantes deram um tombo de 37% em junho, comparado ao mesmo período do ano passado. O baque foi tão forte que deixou até os donos de estabelecimentos mais experientes de cabelo em pé.
O que aconteceu? Bom, junho costuma ser um mês animado — festas juninas, férias escolares, aquela vontade de sair de casa. Mas, em 2023, a conta não fechou. Entre a inflação que não dá trégua, o crédito mais caro e o desemprego ainda assombrando, o pessoal preferiu ficar em casa mesmo.
O prato está servido: números que não enganam
Se você acha que 37% é pouco, experimente ver o impacto no dia a dia dos estabelecimentos. Alguns donos relatam que, em certos dias, o movimento foi tão fraco que nem valeu a pena abrir as portas. Outros reduziram horários, cortaram pessoal ou estão repensando até o cardápio.
- Happy hour? Virou "triste hour" para muitos.
- Almoço executivo? Executivos estão levando marmita.
- Jantar romântico? Romântico, mas em casa, com Ifood.
E não adianta culpar só o inverno — que, aliás, nem foi tão rigoroso assim. O problema é mais embaixo: no bolso do consumidor.
E agora, José?
Os empresários do setor estão se virando nos 30 para segurar a onda. Algumas estratégias que estão pipocando por aí:
- Cardápios enxutos — menos opções, mas com ingredientes mais baratos.
- Promoções agressivas — descontos que doem no coração, mas mantêm as portas abertas.
- Foco em delivery — porque em casa o povo ainda gasta, mesmo que menos.
Mas será que vai ser suficiente? A verdade é que, enquanto a economia não der sinais claros de recuperação, o setor de alimentação fora do lar vai continuar nadando contra a corrente. E olha que nem falamos ainda dos custos absurdos de insumos, energia e gás...
No fim das contas, o que resta é torcer para que o segundo semestre traga algum alento. Porque, convenhamos, um país sem a alegria dos bares e restaurantes é um país mais triste — e isso nenhum indicador econômico consegue medir.