Preços no atacado despencam, mas consumidor ainda não sente o alívio no bolso
Preços caem no atacado, mas consumidor não sente diferença

Parece um daqueles quebra-cabeças econômicos que ninguém consegue montar direito: os preços no atacado estão caindo feito folhas de outono, mas quando você chega no caixa do supermercado, a conta ainda dói como um calçado apertado. O que está rolando?

Segundo os últimos dados, produtos como arroz, feijão e óleo vegetal tiveram reduções significativas nos últimos meses no mercado atacadista. O feijão carioca, por exemplo, chegou a cair quase 15% no atacado. Mas espere aí — antes que você corra para o mercado achando que vai encher o carrinho por mixaria, tem um detalhe importante.

Onde está o gargalo?

Os especialistas (sim, eu sei que o certo é 'especialistas', mas deixe esse errinho humano passar) apontam três fatores principais que estão segurando essa queda:

  • Custos logísticos — o preço do diesel continua nas alturas, e isso come uma parte considerável da economia
  • Estoque antigo — muitos varejistas compraram produtos quando os preços estavam altos e agora precisam vender esse estoque
  • Margem de lucro — depois de tanto tempo com margens apertadas, os varejistas estão com medo de baixar os preços muito rápido

"É como se você tivesse uma torneira cheia de água fria, mas o cano ainda está quente do último banho", explica o economista Carlos Mendonça, num daqueles exemplos que todo mundo entende na hora.

Quando o alívio chega?

A boa notícia? Essa queda vai chegar ao consumidor final, sim senhor. A má? Não espere milagres até o final do ano. A previsão é que entre novembro e dezembro a gente comece a ver diferenças mais significativas nas prateleiras.

Mas olha só o detalhe curioso: nem todos os produtos vão cair na mesma proporção. Itens com validade mais curta — como ovos e alguns laticínios — devem ajustar os preços mais rápido. Já aqueles que ficam meses estocados podem demorar mais.

E aí, o que você acha? Vai segurar as compras esperando a queda ou prefere não arriscar? A gente sabe como é — quando o estômago ronca, a paciência some rápido.