
Quem diria que uma medida tomada do outro lado do mundo iria mexer tanto com os números do Porto de Santos? Pois é — as recentes tarifas impostas pelos Estados Unidos viraram o jogo e catapultaram a movimentação de cargas para um patamar nunca antes visto. E olha que a gente já viu coisa por lá...
Números que falam por si só
Julho de 2025 entrou para a história. O porto movimentou nada menos que 15,3 milhões de toneladas — um aumento absurdo de 22% em relação ao mesmo período do ano passado. Para você ter ideia, é como se toda a produção de soja do Mato Grosso decidisse passar por ali de uma vez só.
Os contêineres? Bem, esses malandrinhos cresceram 18%. E não foi só isso:
- Exportações de minério de ferro: +27% (os chineses devem estar sorrindo)
- Carga geral: +15% (aquela velha conhecida que nunca decepciona)
- Granéis sólidos: +20% (ninguém segura esses caras)
O X da questão
O que diabos as tarifas americanas têm a ver com isso? Tudo — mas não da forma que você imagina. Com os produtos brasileiros ficando mais caros nos EUA, os importadores correram para garantir estoques antes que a bomba estourasse. Resultado? Um efeito dominó que terminou no nosso quintal.
"É uma corrida contra o relógio", confessa um executivo portuário que prefere não se identificar. "Todo mundo quer embarcar antes que as novas regras batam de vez."
E agora, José?
O porto tá dando um show de eficiência — mas até quando? Com os armazéns já operando no limite, a pergunta que não quer calar é: será que a infraestrutura aguenta esse ritmo alucinante por mais tempo?
Alguns especialistas torcem o nariz. "Temos que tomar cuidado para não tropeçar no próprio sucesso", alerta uma consultora de logística. Outros são mais otimistas: "O Porto de Santos sempre soube se reinventar. Dessa vez não será diferente."
Enquanto isso, os caminhoneiros fazem fila, os navios disputam espaço e o comércio exterior brasileiro dá mais um capítulo dessa novela que nunca acaba. Fique de olho — porque essa história promete.