
Os números estão saindo do forno — e olha, não é bolinho de chuva não. O segundo trimestre chegou trazendo na bagagem aquele cheirinho de esperança que a gente tanto esperava. Ou será que é só ilusão?
Pois é, meus caros. O IBGE soltou os dados preliminares do PIB, e a coisa tá dando o que falar. Dizem por aí que podemos estar diante de um daqueles momentos de virada — sabe, quando a maré finalmente vira?
Mas calma lá, não é festa ainda
Antes de sair soltando rojão, vamos com calma. Os especialistas — aqueles que vivem de decifrar esses números cabalísticos — estão com um pé atrás. E não é por menos.
O crescimento veio, sim. Mas veio devagar, quase sem jeito, como quem chega atrasado na festa e não quer fazer barulho. A previsão é de uma expansão modesta, algo em torno de 0,3% a 0,5%. Não é nada espetacular, mas depois do que vivemos, até 0,1% já é motivo para comemorar.
E por trás dos números?
Ah, aqui é que está o pulo do gato! O desempenho não foi uniforme — claro, porque no Brasil nada é simples. Alguns setores puxaram a carroça, outros ficaram na soneira.
- Agropecuária: surpreendeu positivamente, como sempre
- Indústria: ainda patina, mas mostra sinais de vida
- Serviços: vai tocando o barco, nem lá nem cá
E o consumo das famílias? Bem, aí a coisa complica. Com juros ainda altos e o crédito mais caro que sushi de posto de gasolina, o brasileiro tá segurando a carteira com força.
O fantasma dos anos de vaca magra
Todo mundo tem medo de voltar àquela época — você sabe qual. Anos de crescimento pífio, economia morna, desemprego teimoso. A década perdida que não queremos repetir.
Mas olha, talvez — só talvez — estejamos virando a página. Os analistas mais otimistas veem sinais promissores no horizonte. Inflação controlada, juros começando a cair, reformas avançando... Será?
Eu particularmente acho que ainda é cedo para cantar vitória. A economia brasileira é que nem cebola: tem muitas camadas, e algumas vão te fazer chorar.
E o que esperar?
Bom, se depender dos números deste trimestre, estamos no caminho certo. Lento, dolorosamente lento, mas caminhando. O importante é não parar.
O governo já deve estar preparando os fogos — sempre prematuros, é claro. Mas a realidade é teimosa: crescimento sustentável leva tempo, reformas profundas e um pouquinho de sorte.
Minha aposta? Vamos ter que ter paciência. A recuperação não será linear, nem espetacular. Mas pode ser — finalmente — real.
E você, o que acha? Volta dos bons tempos ou mais uma falsa esperança?