Não é exagero dizer que o Brasil está bombando — literalmente. Em junho, a produção de petróleo no país atingiu um patamar nunca antes visto, deixando até os mais otimistas de queixo caído. Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), foram extraídos 3,832 milhões de barris por dia — um aumento de 2,5% em relação ao mês anterior.
O que explica esse salto? Bem, a combinação de fatores é tão complexa quanto um poço de petróleo em águas profundas. Por um lado, houve aumento na produção dos campos do pré-sal — aquela joia escondida sob camadas de sal que continua a surpreender. Por outro, novos investimentos em tecnologia e eficiência operacional começam a dar frutos (ou melhor, barris).
Pré-sal: o motor do crescimento
Os campos do pré-sal responderam por nada menos que 77,3% da produção total. Um número que, convenhamos, faz qualquer economista sorrir. Os destaques ficaram por conta dos campos de Tupi, Búzios e Sapinhoá — este último com um desempenho especialmente impressionante.
E não pense que foi só o petróleo que brilhou. A produção de gás natural também bateu recorde, alcançando 158 milhões de metros cúbicos por dia. Um alívio para quem temia possíveis desabastecimentos no inverno.
E agora, o que esperar?
Especialistas do setor estão cautelosamente otimistas. "Quando você acha que o pré-sal já mostrou tudo, ele te surpreende de novo", comenta um analista que prefere não se identificar. Mas atenção: nem tudo são flores. Desafios como a manutenção de plataformas e oscilações do mercado internacional ainda pairam como nuvens no horizonte.
Enquanto isso, o governo já comemora os números como prova de que "a política energética está no caminho certo". Resta saber se essa euforia vai se manter quando os termômetros — e as demandas por energia — caírem ainda mais nos próximos meses.
