
Quem diria, hein? Enquanto muita gente ainda torce o nariz pra economia, a Motiva Aeroportos — aquela concessionária que administra alguns dos principais aeroportos do país — acabou de dar um show nos números. O segundo trimestre fechou com um salto de 11% na receita, deixando até os analistas mais otimistas de queixo caído.
Não foi um crescimento qualquer. Foi daqueles que fazem você pensar: "Peraí, como assim?" Em um momento onde o custo do combustível tá lá em cima e a inflação não dá trégua, a empresa conseguiu não só segurar a onda como surfar na crise. Detalhe: boa parte veio do aumento no movimento de passageiros — sinal de que o brasileiro, mesmo apertado, não abriu mão de viajar.
O que explica o desempenho?
Ah, aí tem umas jogadas interessantes. Primeiro, a tal "retomada pós-pandemia" que, convenhamos, já virou até clichê. Mas no caso da Motiva, foi além:
- Voos domésticos em alta: Gente trocando férias internacionais por destinos nacionais (e a conta agradece)
- Carga aérea aquecida: E-commerce não para de crescer, e alguém tem que transportar tantas encomendas
- Tarifas não-aviárias: Loja de aeroporto vendeu tanto sanduíche caro que até assustou
E olha só essa pérola: enquanto outras concessionárias ainda patinavam, a Motiva parece ter acertado na gestão enxuta. Cortou onde dava, investiu no essencial e — pasme — não repassou todos os custos pros passageiros. Algo raro nos dias de hoje.
E o futuro?
Se depender dos planos anunciados, a festa não para. Tem projeto de expansão em pelo menos dois aeroportos, modernização de pistas e até um novo centro de logística previsto pro final do ano. Claro, sempre tem o "mas": a alta do dólar pode apertar os investimentos, e o preço das passagens ainda é uma dor de cabeça.
Mas pra quem achou que 2023 seria só crise, a Motiva provou que, com jogo de cintura e um pouquinho de sorte, dá pra crescer até no meio do furacão. Resta saber se o segundo semestre vai manter o ritmo — ou se foi só um "voo de galinha".