
O cenário econômico nos Estados Unidos está pegando fogo — e não é metáfora. Os números divulgados nesta segunda-feira (15) mostram que a inflação deu um salto preocupante em junho, registrando a maior alta desde o início de 2025. E o pior? A briga pública entre o ex-presidente Donald Trump e o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) só joga gasolina nesse incêndio.
Não é exagero dizer que o mundo está de olho. Afinal, quando a economia dos EUA espirra, o planeta pega pneumonia. Os preços ao consumidor subiram assustadores 0,8% apenas no último mês, puxados principalmente por energia e moradia. Quem diria que em pleno 2025 ainda estaríamos discutindo o velho fantasma da inflação, não?
Trump x Fed: a guerra que ninguém pediu
Enquanto isso, o circo político montado por Trump — que nunca foi de ficar calado — está dando o que falar. O republicano disparou críticas ao Fed durante comício em Ohio, acusando o banco central de "afogar o sonho americano" com políticas equivocadas. "Eles estão brincando de Deus com a economia", disparou, para delírio da plateia.
Os economistas, claro, torcem o nariz. "É como assistir a um paciente criticando o médico enquanto sangra", comentou um analista do JP Morgan, que preferiu não se identificar. O Fed, por sua vez, mantém a pose de sempre: discursos técnicos, promessas de "monitorar de perto" e aquele jargão burocrático que ninguém realmente entende.
E o brasileiro nisso tudo?
Pois é, meu amigo. A gente aqui no Brasil pode até achar que isso é problema deles, mas a conta chega pra nós também. O dólar já deu um pulo de quase 2% só hoje, e os mercados emergentes estão em alerta máximo. "Quando os EUA espirram...", você já sabe o resto.
E olha que a situação por lá já estava complicada antes dessa novela toda. Com a guerra comercial com a China escalando, as cadeias globais de suprimento ainda não se recuperaram totalmente da pandemia — lembra dela? Pois é, parece que foi ontem.
- Inflação acumulada em 12 meses: 4,3% (acima da meta de 2%)
- Energia: +3,1% em um mês
- Alimentação: +0,9% (o café da manhã mais caro)
- Juros básicos americanos: 5,25% a 5,5% (e subindo?)
No meio desse caos todo, uma pergunta que não quer calar: será que o Fed vai continuar aumentando os juros pra segurar a inflação, mesmo com a economia já dando sinais de cansaço? A resposta pode definir não só o futuro do dólar, mas do seu próximo churrasco de final de semana — porque a carne, ah, a carne vai ficar mais cara de qualquer jeito.