
O que parecia um dia comum no calendário econômico virou motivo de insônia para os industriais do Rio. Do outro lado do Equador, Washington acaba de apertar o parafuso nas importações — e o estrago pode chegar às nossas praias mais rápido que enchente em Copacabana.
A Firjan, aquela federação que não dorme no ponto, já está com os neurônios a mil. "Não dá pra fingir que não é com a gente", soltou um dos diretores entre um café e outro. Os números? Bem, digamos que não são para cardíacos.
O X da Questão
Eis o que tá pegando:
- Setores como químico e metalúrgico na mira — justo os que seguraram o tranco nos últimos anos
- Custo extra pode chegar a 25% em alguns produtos
- Mais de 300 mil empregos diretos na corda bamba
Não é exagero dizer que o clima nas reuniões corporativas lembra aqueles filmes de desastre — só que sem o final feliz garantido. "É como jogar xadrez com as peças amarradas", comparou uma executiva que prefere não se identificar.
Contra-Ataque em Andamento
Enquanto isso, nos corredores da Firjan:
- Grupo de crise montado às pressas
- Conversas com Brasília em modo turbo
- Busca por mercados alternativos — Ásia virou o novo queridinho
Mas tem um porém: "Nenhum país substitui o apetite americano", alerta um veterano do comércio exterior. A conta? Quem vai pagar somos nós, é claro. Ou melhor, o consumidor final, como sempre.
E você, já sentiu o baque no bolso? A crise pode não ter batido na sua porta ainda, mas os especialistas garantem: é questão de tempo. Fica a dica — melhor apertar os cintos antes que a turbulência chegue.