EUA impõem tarifas pesadas a Brasil e Índia por compra de petróleo russo — e a conta pode chegar até você
EUA cobram tarifas de Brasil e Índia por petróleo russo

Os Estados Unidos decidiram apertar o cerco — e como! — contra nações que insistem em comprar petróleo russo, mesmo com as sanções impostas desde a invasão da Ucrânia. Brasil e Índia, dois gigantes que mantêm relações comerciais com Moscou, agora enfrentam tarifas pesadíssimas. E adivinha só? Quem pode acabar pagando a conta é você, no preço da gasolina ou do diesel.

Não é de hoje que Washington vem cutucando os aliados para reduzir dependência energética da Rússia. Mas parece que a paciência acabou. A medida, que entrou em vigor nesta semana, é um tiro certeiro no comércio bilateral. E olha que o Brasil já vinha aumentando suas importações de petróleo russo — em 12% só no último trimestre, segundo dados que vazaram.

O jogo geopolítico por trás dos números

Enquanto isso, na Índia, a situação é ainda mais delicada. O país asiático se tornou um dos maiores compradores de petróleo russo, aproveitando descontos que beiram os 30%. Agora, com as novas tarifas americanas, Nova Délhi terá que recalculcar toda sua estratégia energética. Será que vale a pena?

Por aqui, a situação não é menos complicada. Especialistas ouvidos pela nossa reportagem alertam: "Isso pode ser o estopim para uma guerra comercial silenciosa". O governo brasileiro ainda não se manifestou oficialmente, mas fontes do Planalto admitem que a medida pegou todos de surpresa. "Ninguém esperava uma reação tão dura", confessou um assessor, sob condição de anonimato.

E o consumidor final?

Pois é, meu caro. Enquanto os diplomatas se digladiam, o Zé da padaria e a Dona Maria do salão já sentem no bolso:

  • Preço dos combustíveis pode subir até 8% nas próximas semanas
  • Cadeia produtiva inteira será impactada — do transporte de mercadorias ao preço final no supermercado
  • Setor de aviação já prevê repasse imediato nas passagens aéreas

"É um efeito dominó perigoso", analisa o economista Carlos Mendes, da Universidade de São Paulo. "Quando você mexe no setor energético, toda a economia treme." E parece que o tremor já começou.

Enquanto isso, nos corredores do Itamaraty, o clima é de tensão. Há rumores de que o Brasil pode recorrer à OMC (Organização Mundial do Comércio), mas isso levaria meses — tempo que o mercado não tem. "Estamos entre a cruz e a espada", resumiu um diplomata, entre um gole de café e olhares preocupados.