
O programa do Ratinho Júnior tá mesmo de olho no futuro. E não é qualquer futuro — estamos falando de 2026, um ano que já começa a gerar especulações e, claro, muita curiosidade. Quem aceitou o convite para dar um panorama sobre o que nos espera foi ninguém menos que Samuel Pessôa, economista da tendência liberal e colunista da Veja.
Pessôa, que também é pesquisador do Ibre/FGV e do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças, não é de dar palpites levianos. Suas análises costumam ter um pé na realidade e outro nos dados — o que, convenhamos, é um alívio num mar de opiniões sem fundamento.
Os Desafios Não São Novos, Mas São Urgentes
O cerne da questão, segundo ele, é que o Brasil ainda não resolveu seus problemas estruturais. A gente até tenta — dá uns remendos aqui, uns ajustes ali — mas a conta sempre chega. E em 2026, ela pode chegar com juros altos.
Inflação? Aquela velha conhecida que a gente pensa ter domado, mas que sempre pode voltar. Contas públicas? Uma montanha-russa que ninguém pediu para entrar. E o pior: sem um plano consistente, a gente fica refém do cenário internacional, que… bem, também não está lá essas coisas.
Mas Nem Tudo São Más Notícias
Agora, se tem uma coisa que Pessôa deixa claro é que oportunidade não falta. O agro continua forte — surpresa zero aí —, mas o que chama atenção é o potencial de outros setores. Tecnologia, serviços, energia verde… Tem espaço para crescer, mas é preciso saber onde pisar.
E aqui vai um insight que muitos ignoram: o ano de 2026 não será definido apenas por grandes decisões nacionais. As escolhas dos pequenos empreendedores, a confiança do consumidor comum e até o humor do mercado informal vão ditar parte do ritmo. A economia, no fim das contas, é feita de pessoas — e não só de gráficos e planilhas.
E o Que Fazer?
Pessôa é direto: não espere milagres. Mas também não entre em pânico. O Brasil já passou por crises piores — muito piores, diga-se de passagem — e sobreviveu. A chave, ele insiste, está em políticas de longo prazo. Coisa que, infelizmente, é raridade por aqui.
Enquanto isso, a gente vai acompanhando. E torcendo para que 2026 não seja só mais um ano de expectativas frustradas. Porque cansa, né?