
Pois é, quem acompanha os números da economia já sentia no ar que algo não ia bem. E não deu outra: o segundo trimestre de 2025 mostrou uma clara desaceleração no ritmo de crescimento do país. Os dados do IBGE, divulgados nesta terça-feira, confirmaram o que muitos economistas já suspeitavam.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,3% entre abril e junho deste ano – uma queda significativa se comparada ao 1,2% do trimestre anterior. Parece pouco, mas na prática significa que a economia deu uma freada brusca.
O Que Aconteceu Com os Serviços?
O setor de serviços, que é simplesmente o maior da economia brasileira, encolheu 0,6%. Sim, você leu certo: encolheu. E olha que esse segmento representa mais de 70% de tudo o que produzimos! Foi o principal vilão dessa história toda.
O comércio também não ajudou muito – ficou praticamente estagnado, com míseros 0,1% de crescimento. A indústria, pelo menos, deu uma respirada com 0,8% de avanço, mas não foi suficiente para carregar o piano sozinha.
E o Agronegócio? Como Ficou?
Aqui vai uma surpresa relativamente boa: o agro segurou as pontas como sempre. Cresceu 1,2% no período, mostrando mais uma vez que o campo é nosso ponto de estabilidade em meio às turbulências. Soja, milho e carne puxaram essa performance, digamos, 'salvadora'.
Mas vamos combinar: não adianta o agro nadar e o resto afundar. A economia é uma corrente, e elos fracos acabam puxando todo mundo pra baixo.
Especialistas Explicam a Frenagem
Segundo analistas, três fatores principais contribuíram para essa desaceleração:
- Juros ainda altos: O crédito caro continua freando investimentos e consumo
- Retração global: Nossos principais parceiros comerciais também desaceleraram
- Confiança abalada: Empresários e consumidores mais cautelosos
"A combinação desses elementos criou um cenário desfavorável", comenta um economista que preferiu não se identificar. "É como tentar correr com freio de mão puxado."
E Agora, José?
Para o segundo semestre, as perspectivas são... bem, cautelosamente otimistas? Talvez? O governo promete medidas para estimular o crescimento, mas ninguém espera milagres.
O Banco Central sinalizou que pode cortar juros mais agressivamente, o que ajudaria – e muito. Mas até lá, vamos ficar de olho nos próximos indicadores.
Uma coisa é certa: a economia brasileira nunca é monótona. Sempre nos surpreende, para o bem ou para o mal. E 2025 parece que não será exceção.