
Eis que o ECB Group, aquele mesmo conhecido pelos biocombustíveis, resolveu dar um passo ousado — e digo mais, bastante estratégico. Aterrissa com tudo no setor aeroportuário, carregando na bagagem duas concessões importantes no Rio Grande do Sul. Santa Maria e Uruguaiana são as novas meninas dos olhos da empresa.
Parece que o grupo enxergou na aviação uma janela de oportunidade e não titubeou. Afinal, quem não quer diversificar seus negócios em tempos de economia flutuante? A verdade é que eles fecharam dois contratos de 30 anos cada com a ANAC. Trinta anos! Isso não é brincadeira, é um compromisso de longo prazo que promete movimentar a economia gaúcha.
O que esperar dos aeroportos?
Bom, se depender das promessas — e olha, elas são substanciais —, ambos os terminais devem passar por melhorias significativas. A meta é ampliar a capacidade e modernizar a infraestrutura. Imagina só: mais voos, mais conexões, mais gente circulando. Para regiões como a Fronteira-Oeste e a Central do RS, isso pode ser um verdadeiro divisor de águas.
O aeroporto de Santa Maria, por exemplo, vai receber investimentos iniciais de R$ 45 milhões. Já o de Uruguaiana, outros R$ 30 milhões. É dinheiro de verdade, entrando no caixa para turbinar o que já existe. E não para por aí: a gestão ficará a cargo da ECB Aeroportos, uma subsidiária criada especialmente para tocar esses projetos. Parece que planejam fazer bonito.
E os benefícios para a região?
Ah, essa é a parte que mais interessa. Com aeroportos mais eficientes, o escoamento da produção agropecuária — que é forte por lá — pode ganhar agilidade. Além disso, o turismo de negócios e lares tende a crescer. Quem mora em cidades do interior sabe como é ruim depender de deslocamentos longos para pegar um voo. A praticidade é um trunfo e tanto.
Não é exagero dizer que a iniciativa privada, quando bem orientada, pode dar um gás na infraestrutura do país. E o ECB Group parece disposto a mostrar serviço. Resta torcer para que os planos saiam do papel — porque, convenhamos, às vezes as coisas emperram na burocracia.
Enfim, é de se acompanhar de perto. O Sul do país ganha destaque no mapa da aviação brasileira, e isso, meu caro, é notícia que vale a pena.