
Numa declaração que mistura indignação e ironia, o ministro brasileiro não economizou palavras ao comentar a recente preocupação norte-americana com dois ícones nacionais: o sistema de pagamentos Pix e a região comercial da 25 de Março, em São Paulo.
"É de cair o queixo", disparou, com aquele misto de perplexidade e sarcasmo que só quem acompanha política internacional há anos consegue decifrar. "Enquanto o mundo enfrenta crises geopolíticas complexas, nossos aliados se preocupam com... nossa eficiência financeira e camelôs?"
O paradoxo da crítica internacional
O Pix, que revolucionou as transações bancárias no Brasil — reduzindo custos, agilizando pagamentos e incluindo milhões —, virou alvo de análises curiosas no exterior. Já a 25 de Março, reduto do comércio popular há décadas, parece ter despertado suspeitas infundadas.
"Querem fiscalizar nossa tecnologia financeira, mas esquecem que somos referência em inclusão bancária", observou o ministro, com aquela voz que oscila entre o didático e o indignado. "E a 25 de Março? Ah, essa é a cara do empreendedorismo brasileiro — caótico, vibrante, e que movimenta bilhões."
Números que falam por si
- O Pix atingiu 150 milhões de usuários em menos de 3 anos
- A região da 25 de Março recebe 400 mil visitantes diários em alta temporada
- Transações informais na área geram empregos para milhares de famílias
Não é difícil entender por que o ministro parece tão irritado. O Brasil, afinal, criou um sistema financeiro que países desenvolvidos agora tentam copiar — e ainda assim enfrenta críticas.
"Eles deveriam aprender conosco", arrematou, deixando no ar aquela pergunta que não quer calar: por que tanta atenção seletiva?