
Pois é, meus amigos. Às vezes, os negócios que parecem os mais promissores são justamente aqueles que viram um verdadeiro pesadelo. E olha que a Changi Airports International, a gigante de Cingapura, sabe disso como ninguém.
A história do Galeão não é para amadores. A empresa entrou com tudo no leilão de 2013, cheia de esperanças e planos ambiciosos. Mas o que se seguiu foi uma sucessão de problemas que nem o mais pessimista dos executivos poderia prever.
Uma Tempestade Perfeita de Azar
Crise política, econômica, pandemia... Parece até aquela lista de pragas do Egito, não é? A verdade é que tudo isso aconteceu de uma vez só, estrangulando as operações do aeroporto. O tráfego de passageiros simplesmente evaporou.
E aí veio a gota d'água: a Justiça simplesmente cortou pela raiz qualquer chance de reequilibrar essa equação financeira desastrosa. Sem aumento de tarifas, sem alívio nas outorgas – nada.
O Desfecho Inevitável
Em 2020, a Changi jogou a toalha. Abriu mão de tudo, entregou as chaves e vazou. Fim de jogo. Mas o prejuízo... ah, o prejuízo foi daqueles que doem no bolso.
Estamos falando de algo na casa dos R$ 2,5 bilhões. Sim, você leu certo: bilhões, com B maiúsculo. Um rombo que deixaria qualquer contador com insônia.
E o mais irônico? A ANAC, a agência que regulava tudo isso, acabou sendo condenada a pagar uma indenização por não ter cumprido seu papel direito. A vida prega umas peças e tanto, não prega?
No final das contas, a saga do Galeão serve como um alerta para quem acha que o Brasil é um mar de rosas para investimentos em infraestrutura. As vezes, a maré vira – e vira com força.