
Parece que o mercado resolveu brincar de gangorra com o bolso do brasileiro. De um lado, o café — aquele companheiro diário de milhões — está dando uma trégua nas finanças pessoais. Do outro, o leite, básico na mesa das famílias, resolveu dar um salto digno de atleta olímpico.
Os números são eloqüentes: só nos últimos 30 dias, o saco de 60kg do café arábica recuou quase 15% nas bolsas internacionais. "É uma queda expressiva, mas que ainda não chegou totalmente ao consumidor final", comenta o economista Marcelo Tavares, enquanto toma seu expresso duplo na padaria.
O outro lado da moeda
Enquanto isso, o leite — aquele que não pode faltar no café da manhã nem nas receitas — decidiu seguir o caminho oposto. A caixa com 12 litros, que custava R$ 35 no começo do ano, agora beira os R$ 48 em alguns mercados de São Paulo. "Tá difícil manter o padrão de compras", desabafa a aposentada Maria das Graças, enquanto reorganiza a lista do mês.
Os especialistas apontam três fatores principais para essa disparada:
- Custos de produção nas alturas (alguém aí lembrou do preço do milho?)
- Demanda aquecida no mercado interno
- Exportações em ritmo acelerado
E o que esperar para os próximos meses? Bom, se depender dos produtores, o leite pode dar uma segurada — mas ninguém arrisca dizer quando. Já o café... bem, esse parece que vai continuar dando alegria aos amantes da bebida.
Efeito dominó na economia doméstica
No supermercado, a dona de casa esperta já percebeu: dá pra economizar no café e investir no leite em pó (que, por sinal, também subiu, mas menos). "A gente vai se virando como pode", filosofa a auxiliar administrativa Carla Santos, mãe de dois adolescentes — que, como todo mundo sabe, bebem leite como se não houvesse amanhã.
E você? Já sentiu no bolso essa gangorra de preços? Conta pra gente como está lidando com essa situação — porque, convenhamos, criatividade nunca foi tão necessária na hora de fazer as compras do mês.