
Olha, a situação é das mais sérias — e o timing, absolutamente crítico. Enquanto a poeira não baixa nas eleições americanas, um nome muito familiar no mundo dos negócios soltou um alerta que não dá pra ignorar. O Brasil, pasmem, pode estar diante de uma chance de ouro. Ou melhor, uma janela única, estreita e que pode se fechar a qualquer instante.
Não é exagero. A avaliação é de ninguém menos que Jorge Wolney, presidente da Alubar, uma das maiores produtoras de cabos de alumínio do país e que sente na pele — ou melhor, no custo — o baque das tarifas impostas por Donald Trump. A conversa foi quente, direta e aconteceu numa reunião da Fiesp que rolou nesta quarta-feira.
O Xadrez Político e a Pressa que Isso Tudo Requer
O que ele tá dizendo, basicamente, é o seguinte: se a gente não se mexer agora, durante esse período de transição — ou seja, antes que o novo presidente, seja quem for, assuma de fato —, o Brasil pode ficar pra trás. E feio. Wolney foi enfático: "Temos uma oportunidade ímpar de negociar com o Trump". A razão? Simples e complicada ao mesmo tempo: ele não vai mais precisar angariar votos. A campanha acabou. Agora é hora de fazer acordos que, quem sabe, entrem para a história.
E olha, o estrago já não é pequeno. Só a Alubar, para vocês terem uma ideia, já desembolsou mais de US$ 20 milhões — sim, milhões — em taxas extras para colocar seus produtos nos EUA. Um absurdo que corrói a competitividade e aperta o lucro das empresas.
E Se a Janela Fechar?
Aqui é que mora o perigo. Se o Brasil perder esse timing, pode ter que enfrentar um cenário ainda mais complicado. Caso Biden vença — e tudo indica que sim —, a estratégia deve mudar completamente. O democrata já sinalizou que não é muito fã de guerra comercial unilateral. Sua política deve ser mais multilateral, mais focada em alianças amplas. O que, em tese, pode ser bom… mas também tira a chance de uma negociação direta, país a país, rápida e específica.
Wolney não tem dúvidas: "Se for o Biden, ele vai querer reatar com a China. E aí o Brasil vira só mais um na fila". Uma possibilidade que tira o sono de qualquer exportador.
Não É Só Alumínio. É Aço, É Soja, É Tudo.
E calma, que o problema não para no alumínio. O aço também está sob pesadas tarifas de 25% desde 2018. A soja, outro carro-chefe da nossa pauta exportadora, vive sob a ameaça constante de retaliações. Um setor puxa o outro, e uma medida errada — ou a falta de uma ação certeira — pode ter um efeito dominó catastrófico na economia.
O recado dos empresários, grosso modo, é este: governo brasileiro, acorda! É hora de mover as peças no tabuleiro internacional com agilidade e astúcia. A janela está aberta, mas o vento pode bater a porta a qualquer momento. E aí, meus amigos, pode ser tarde demais.
Resta saber se o Itamaraty vai saber jogar esse jogo. Torcemos para que sim.