
Parece até exagero de filme, mas é a pura realidade: o estado do Tocantins tem mais bois do que gente. Muito, mas muito mais. Os números mais recentes do IBGE são de deixar qualquer um de queixo caído – a quantidade de bovinos por lá chega a ser quase oito vezes superior ao total de habitantes humanos.
Enquanto a população tocantinense é estimada em cerca de 1,5 milhão de pessoas, o rebanho bovino ultrapassa a marca colossal de 11,7 milhões de cabeças. Faz as contas aí! Essa relação bicho-homem é uma das mais desproporcionais do país, pintando um cenário onde o campo literalmente domina a paisagem – e a economia.
O que impulsiona esses números?
Não é por acaso, claro. O Tocantins possui características geográficas e climáticas que são um verdadeiro paraíso para a pecuária. Cerrado vasto, clima favorável e um know-how que foi sendo aperfeiçoado ao longo de décadas. A pecuária de corte, principalmente, é a grande estrela, alavancando a economia local e colocando o estado no mapa nacional da produção de proteína animal.
É inegável: o agronegócio é a espinha dorsal econômica da região. Gera emprego, movimenta uma cadeia gigantesca de fornecedores e, claro, contribui de forma significativa para as exportações brasileiras. A sensação é que o gado é, de fato, um dos principais «habitantes» do estado, ainda que de quatro patas.
Além dos números: o impacto real
Mas esses dados vão muito além de uma curiosidade estatística. Eles refletem um modelo de desenvolvimento econômico e ocupação do território. Às vezes a gente para e pensa: será que esse crescimento tem sido equilibrado? Questões ambientais e de sustentabilidade inevitavelmente vêm à tona, gerando um debate necessário sobre o futuro.
O fato é que o Tocantins carrega essa identidade forte do agronegócio com orgulho. Os números do IBGE apenas confirmam uma realidade que qualquer um que percorre as estradas do estado consegue ver com os próprios olhos: muito gado, de norte a sul. E essa vocação parece só crescer.