Tarifaço ameaça suco de laranja: setor pode perder R$ 4,3 bilhões por ano
Tarifas podem custar R$ 4,3 bi/ano ao suco de laranja

Parece que o suco azedou de vez para a indústria citrícola brasileira. Aquele gostinho amargo? Tarifas internacionais que podem engolir até R$ 4,3 bilhões por ano do setor — dinheiro que evaporaria como suco no sol do meio-dia.

Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), a conta é simples (e dolorosa): cada aumento de 1% nas tarifas de importação nos EUA e Europa significa um rombo de cerca de R$ 100 milhões nos cofres do setor. E olha que estamos falando do Brasil, responsável por nada menos que 76% de todo o suco de laranja espremido no mundo.

O caldo engrossa

Não é exagero dizer que a situação está crítica. A indústria — que emprega direta e indiretamente milhares de brasileiros — já vinha enfrentando desafios como:

  • Mudanças climáticas afetando safras
  • Custos de produção nas alturas
  • Concorrência acirrada no mercado internacional

E agora isso? "É como se estivéssemos tentando correr uma maratona com os pés amarrados", desabafa um produtor de São Paulo que prefere não se identificar. A verdade é que muitos pequenos agricultores já estão repensando se vale a pena continuar no jogo.

Efeito dominó

O problema vai muito além dos números frios. Se o setor encolher, a conta chega para todo mundo:

  1. Menos empregos no campo e nas indústrias processadoras
  2. Redução na arrecadação de impostos
  3. Queda na balança comercial brasileira

E tem mais — quem acha que isso é problema só do agronegócio está muito enganado. O suco de laranja é um dos nossos carros-chefe de exportação, figurinha fácil no top 5 dos produtos agrícolas mais vendidos para o exterior. Quando ele espirra, a economia brasileira pega pneumonia.

Enquanto isso, os grandes importadores parecem fechar os olhos para o fato de que, sem o suco brasileiro, os preços mundiais podem disparar. Ironia? Talvez. Mas definitivamente uma ironia cara.