Período de carência de defensivos agrícolas: o que você precisa saber para não errar
Período de carência de defensivos: guia essencial

Você já parou pra pensar no que acontece quando um produtor ignora aquelas letrinhas miúdas no rótulo do defensivo agrícola? Pois é, a pressa pode sair cara — e não só pro bolso.

O jogo do 'quanto tempo falta?' que ninguém quer perder

Na agricultura, tem uma regra que não dá pra burlar: o tal do período de carência. Traduzindo? É o tempo mínimo que precisa passar entre a aplicação do produto e a colheita. Pula essa etapa e pronto — você pode estar colocando no mercado alimentos com resíduos acima do permitido.

E olha, não é exagero. Só no primeiro semestre deste ano, a Vigilância Sanitária apreendeu 12 toneladas de vegetais impróprios no estado de São Paulo. A maioria por... adivinha? Excesso de químicos.

Por que tanta fiscalização?

Parece óbvio, mas sempre tem quem arrisque. Acontece que esses prazos não são inventados — são calculados em laboratório, testados em campo e aprovados após anos de pesquisa. Ignorá-los é como dirigir olhando só pelo retrovisor: pode dar certo por um tempo, mas a hora do tombo chega.

Os órgãos de controle tão de olho porque:

  • Resíduos acima do limite fazem mal à saúde
  • Produtos irregulares mancham a imagem do agronegócio brasileiro
  • Multas podem chegar a R$ 50 mil por infração

O calendário que salva vidas (e negócios)

Cada cultura tem sua particularidade. Enquanto algumas folhosas exigem só 3 dias de intervalo, frutas como manga podem precisar de até 21 dias. E aqui vai a dica de ouro: o período começa a contar no dia da aplicação, não depois.

Quer um exemplo que dói no bolso? Um produtor de tomate em Itapetininga perdeu toda uma safra porque aplicou fungicida 48 horas antes da colheita — o prazo mínimo era 72h. Resultado: 15 toneladas destruídas e prejuízo de R$ 120 mil.

E quando chove no dia da aplicação?

Ah, aí a coisa complica. Se lavar o produto antes de secar, o efeito diminui e o produtor fica na dúvida: reaplica e recomeça a contagem? A orientação dos especialistas é clara: melhor prevenir do que remediar. Em caso de chuva forte nas primeiras 6 horas, o certo é refazer a aplicação e zerar o cronômetro.

No fim das contas, respeitar a carência é questão de:

  1. Responsabilidade com quem consome
  2. Cuidado com o meio ambiente
  3. Proteção do próprio investimento

Como dizem os mais experientes no campo: na agricultura, o relógio não admite atrasos. E quando o assunto é defensivo, essa máxima nunca foi tão verdadeira.