
Quem diria que a Paraíba, terra do sol forte e da vegetação característica do semiárido, se tornaria um cenário de crescimento tão vigoroso para a pecuária? Pois é exatamente isso que os números mais recentes revelam, mostrando uma recuperação notável depois de um período mais desafiador.
O rebanho bovino no estado deu um salto impressionante de 40% em menos de vinte anos – um crescimento que, convenhamos, não é pouca coisa. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pintam um retrato otimista para o setor.
Os números que impressionam
Em 2024, a Paraíba contava com aproximadamente 1,36 milhão de cabeças de gado. Parece muito? A história fica ainda mais interessante quando voltamos no tempo: em 2006, o rebanho estava na casa dos 970 mil animais. A diferença é gritante, não é mesmo?
O que mais chama atenção, particularmente, é a capacidade de recuperação demonstrada pelo estado. Entre 2015 e 2016, houve uma queda significativa – daquelas que deixam qualquer produtor apreensivo. Mas, como bem sabemos, o homem do campo é teimoso e resiliente. E a retomada que se seguiu foi simplesmente espetacular.
Paraíba se destaca no Nordeste
Enquanto a região Nordeste como um todo registrou um crescimento de 12% no período, a Paraíba simplesmente disparou na frente. Com seus 40% de aumento, o estado deixou claro que tem um potencial pecuário que merece ser levado a sério.
Mas não é só de boi vive o agronegócio paraibano! O estado também mostrou força em outras frentes:
- Avicultura: Um rebanho de galináceos que beira os 13 milhões – número que coloca a Paraíba na nona posição nacional
- Caprinocultura: Mais de 440 mil cabeças, consolidando o estado como o quarto maior rebanho do país
- Ovinocultura: Quase 380 mil animais, garantindo a sexta posição no ranking nacional
É ou não é um conjunto bastante diversificado?
O que explica esse crescimento?
Bom, aqui entram vários fatores. A modernização das técnicas de criação, o investimento em genética animal melhorada e, claro, a teimosia característica do produtor nordestino – que não desiste fácil mesmo quando o tempo não ajuda.
O clima da Paraíba, com seu regime de chuvas tão particular, sempre foi um desafio. Mas parece que os pecuaristas locais aprenderam a dançar conforme a música – ou melhor, conforme o regime de chuvas. Adaptaram-se, inovaram e os resultados estão aí.
Não custa lembrar que o agronegócio é um dos pilares da economia paraibana. Gera emprego, movimenta o comércio local e ajuda a manter o homem no campo. E quando um setor tão importante mostra números tão positivos, é motivo mesmo para comemorar.
O futuro? Parece promissor. Com a tendência de valorização da proteína animal e o crescente interesse por produtos de origem controlada, a Paraíba está bem posicionada para continuar essa trajetória ascendente. Resta torcer para que as políticas de apoio ao setor continuem – e se possível, se fortaleçam ainda mais.