
Quem diria que uma fruta tão pequena pudesse causar tanto rebuliço no mercado? O morango, queridinho dos casais no Dia dos Namorados, está dando o que falar — e não só pelo sabor. Em Santa Catarina, o preço da fruta simplesmente dobrou nas últimas semanas. E os produtores? Bem, estão correndo contra o tempo para não perder a onda.
Não é segredo que junho é o mês do "morango do amor". Mas este ano, a demanda explodiu como um balão cheio de gás hélio. "A gente já esperava aumento, mas não nessa proporção", confessa um agricultor da região, enquanto ajusta a irrigação em sua plantação. A sacada? Adaptar o cultivo para colher mais — e rápido.
O pulo do gato dos produtores
Algumas estratégias que estão fazendo diferença:
- Estufas inteligentes: controle de temperatura que acelera o crescimento
- Variedades precoces: mudas que frutificam em menos tempo
- Colheita escalonada: plantio em fases para ter produção constante
Mas nem tudo são flores — ou morangos, no caso. O custo de produção também subiu, com adubos e defensivos agrícolas mais caros. "É como se fosse uma gangorra", brinca outro produtor, "quando sobe de um lado, desce do outro".
E o consumidor?
Nas feiras livres de Florianópolis, a realidade é dura: caixinhas que custavam R$ 8 agora chegam a R$ 16. "Compro mesmo assim, é tradição", diz uma senhora, enquanto seleciona os mais vermelhinhos. Já os vendedores ficam na corda bamba — cobrar mais pode espantar a clientela.
Será que o preço volta ao normal depois do 12 de junho? Especialistas acham difícil — a tendência é que se mantenha elevado até o inverno. Enquanto isso, os agricultores catarinenses seguem com as mangas arregaçadas, tentando equilibrar a equação entre oferta, demanda e... romantismo.