
Imagine acordar com o cheiro de fumaça e descobrir que seu investimento virou cinzas em questão de minutos. Foi o que aconteceu com um produtor rural no oeste do Paraná, onde um incêndio — desses que parecem saídos de um pesadelo — consumiu um aviário inteiro na madrugada desta segunda-feira (15).
Não foi pouco: 21 mil pintinhos, que mal haviam chegado ao mundo, viraram estatística trágica. E o prejuízo? Bem, se você acha que R$ 2 milhões é "só um número", experimente explicar isso para o dono do negócio.
O que se sabe até agora
Segundo os bombeiros — que chegaram rápido, mas não rápido o suficiente —, o fogo começou por volta das 3h da manhã. As causas? Ainda não há certeza, mas há suspeitas de um curto-circuito (aquela velha conhecida dos pesadelos rurais).
"A estrutura era nova, os equipamentos em dia... mas basta um fio mal isolado para virar um inferno", comentou um vizinho, ainda abalado. O fogo, dizem, levou menos de 20 minutos para engolir tudo.
Além dos números
Por trás dos 21 mil pintinhos mortos, há histórias que não entram no relatório:
- Funcionários que correram para salvar o que podiam — e saíram com as mãos vazias
- O cheiro de pena queimada que ainda impregna o ar
- A conta do prejuízo, que inclui não só os animais, mas toneladas de ração e equipamentos
E tem mais: o aviário era um dos maiores da região, abastecendo frigoríficos em três cidades. Agora, a cadeia produtiva vai sentir o baque.
E agora?
Enquanto peritos vasculham os escombros (literalmente) em busca de respostas, o produtor tira a poeira da calculadora. Seguro? Existe, claro, mas ninguém sabe se cobrirá tudo — e o tempo de reconstrução é uma incógnita.
Uma ironia cruel: no mesmo dia em que o país discute recordes de exportação de frango, um produtor local chora a perda de animais que nem chegaram ao abate.
Restam duas perguntas sem resposta: como evitar que isso se repita? E quantos "acidentes" como esse ainda vão acontecer antes que alguém tome uma atitude?