
O cenário não está nada favorável para os exportadores de madeira no Pará. Dados recentes mostram uma queda expressiva nas vendas internacionais — e o pior pode estar por vir. Com a ameaça de novas tarifas dos Estados Unidos, o clima no setor é de apreensão.
"Estamos com o pé atrás", admite um empresário do ramo, que prefere não se identificar. "Desde o começo do ano, os números não animam. E agora essa bomba das tarifas..."
Queda livre nas exportações
Os números falam por si só: comparando com o mesmo período do ano passado, as exportações caíram quase 15%. E olha que estamos falando de um dos principais produtos da pauta exportadora paraense — aquela que sempre puxou o carro da economia regional.
Alguns fatores explicam essa retração:
- Redução da demanda chinesa (nosso maior comprador)
- Aumento dos custos logísticos
- Pressão por certificações ambientais
Mas o que realmente está tirando o sono dos madeireiros é a ameaça que vem do Norte.
A espada de Dâmocles americana
Washington está considerando impor tarifas extras sobre produtos florestais brasileiros — e o Pará seria um dos mais atingidos. "Seria um golpe baixo", desabafa o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras. "Já estamos no limite."
Curiosamente, enquanto os EUA discutem barreiras, a Europa sinaliza interesse em aumentar compras de madeira certificada. Seria uma luz no fim do túnel? "Talvez", pondera uma analista do setor. "Mas reconverter a produção não é como virar uma chave."
Enquanto isso, nos escritórios de Belém, as calculadoras não param de funcionar. Cada centavo de tarifa extra significa menos competitividade num mercado que já não está fácil. O que você acha? Será que o setor vai aguentar mais essa?