
Eis que o polêmico ex-presidente americano saca mais uma cartada no tabuleiro geopolítico — dessa vez, com um misto de bomba e bala de prata para o Brasil. Donald Trump, em movimento que deixou analistas coçando a cabeça, oficializou nesta terça-feira (30) uma tarifa de 50% sobre importações... mas fez a gentileza de riscar quase 700 produtos brasileiros da lista negra.
Parece contradição? Bem-vindo ao mundo da política comercial trumpista, onde as regras do jogo mudam mais rápido que o humor de um adolescente. Enquanto o setor de aço brasileiro engole seco, o agronegócio solta um "ufa!" coletivo — afinal, boa parte dos itens isentos são justamente commodities agrícolas.
O que ficou de fora — e por que isso importa
Na lista de "sortudos":
- Café (nosso ouro negro que move metade dos escritórios americanos)
- Suco de laranja (sem o qual os cafés da manhã do Tio Sam ficariam mais tristes)
- Carne bovina (aquela mesma que faz os churrascos texanos valerem a pena)
Não foi caridade, claro. Trump sabe que esses produtos têm substitutos complicados — e os preços nos EUA disparariam feito foguete de 4 de julho. "É puro cálculo político", dispara um analista que prefere não se identificar. "Ele precisa agradar sua base rural sem parecer fraco."
E os perdedores?
A indústria brasileira de alumínio e aço levou a pior. Com as novas tarifas, especialistas preveem:
- Queda de até 15% nas exportações desses setores
- Pressão sobre o câmbio
- Possível realocação de investimentos
Mas calma — antes que o pânico se instale, vale lembrar: o Brasil não é mais aquele menino frágil dos anos 90. Temos outros mercados, acordos comerciais na manga e uma resistência que faria um jogador de futebol brasileiro orgulhar-se.
O Ministério da Economia já sinalizou que vai "analisar com cuidado" (leia-se: preparar contra-ataques diplomáticos). Enquanto isso, os ruralistas comemoram com um cafézinho — ironicamente, o mesmo produto que agora escapa das garras tarifárias.