
Parece que o mel brasileiro — aquele dourado, quase líquido, que faz até o pão mais simples virar um banquete — está no meio de uma tempestade comercial. E o culpado? Nada mais, nada menos que as novas tarifas impostas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
"É um baque e tanto", diz João Silva (nome fictício, porque ninguém quer se queimar), produtor de Santa Catarina que exporta 70% do seu mel para os americanos. "A gente já tava sofrendo com os custos de produção, e agora isso?"
O que mudou?
Desde segunda-feira (04/08), o mel brasileiro passou a ter uma tarifa extra de 15% ao entrar nos EUA — um golpe direto no bolso dos produtores. E olha que o Brasil é o 6º maior exportador mundial do produto!
- Preço médio do quilo no exterior: US$ 4,50
- Com a tarifa: US$ 5,17 (+15%)
- Perda estimada no setor: R$ 120 milhões/ano
Não é brincadeira. Principalmente quando você lembra que Santa Catarina responde por quase 40% de todo o mel exportado pelo país. "A região Sul é a rainha dessa produção", explica Maria Oliveira, economista especializada em comércio exterior. "E agora? Vai ter que se reinventar."
Planos B (e C, e D...)
Alguns produtores já estão correndo atrás de alternativas:
- Mercado europeu: "A União Europeia paga melhor, mas as regras são tão apertadas que dá até dor de cabeça", brinca um exportador.
- Oriente Médio: "Lá eles adoram mel puro, mas o transporte é caríssimo", lamenta outro.
- Mercado interno: "Brasileiro ainda não valoriza nosso mel como deveria", desabafa João.
Enquanto isso, a Associação Brasileira de Exportadores de Mel promete "lutar com unhas e dentes" contra a medida. Será que vão conseguir? Bom, isso é outra história...
PS: Alguém avisa as abelhas que elas podem ter que trabalhar menos este ano?