Tarifaço no Café Brasileiro: Exportadores Alertam para Inflação e Aumento de Preços nos EUA
Tarifaço no café brasileiro ameaça preços nos EUA

Parece que a xícara de café matinal dos americanos está prestes a ficar mais amarga — e mais cara. Num cenário que lembra aqueles filmes de suspense econômico, exportadores brasileiros deram o aviso durante uma audiência nos Estados Unidos: as tarifas impostas ao nosso café vão gerar um efeito dominó perigoso.

Não é exagero. A gente tá falando de um aumento generalizado de preços que vai desde o produtor no Cerrado Mineiro até o consumidor final em Nova York. E olha, não vai ser pouca coisa.

O Alerta dos Exportadores

Durante uma sessão realizada pela Comissão de Comércio Internacional dos EUA (USITC), os representantes do setor cafeeiro brasileiro não mediram palavras. Eles deixaram claro que a medida — vista por muitos como protecionista — vai sair pela culatra.

“Isso aqui é tiro no pé”, comentou um dos especialistas, que preferiu não se identificar. “Quem vai pagar a conta, no final das contas, é o consumidor americano.”

Inflação em Cadeia

O raciocínio é simples, mas assustador. Com as tarifas, o custo do café brasileiro sobe. Os importadores dos EUA repassam o aumento. As redes de cafeterias e supermercados ajustam seus preços. E de repente, o que era um hábito diário acessível vira um luxo.

Não é só o café puro que sofre. Produtos derivados, como cápsulas, bebidas prontas e até mesmo sorvetes sabor café, entram na roda do aumento. É uma espiral inflacionária daquelas.

Brasil na Mira

O Brasil não é só um player no mercado de café — é o player. Maior produtor e exportador global, qualquer solavanco aqui mexe com o mercado mundial. E as tarifas americanas? Bem, são mais que um solavanco.

Os EUA são o maior comprador do nosso café. Em 2024, foram mais de 4 milhões de sacas só de arábica — um número que pode cair drasticamente se a medida seguir adiante.

Reações e Possíveis Desdobramentos

O governo brasileiro já sinalizou que pode recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC). “É claramente uma medida discriminatória”, afirmou um diplomata que acompanha o caso.

Enquanto isso, associações de produtores locais se mobilizam. Eles temem não só a perda de mercado, mas também o desestímulo à produção. Afinal, plantar café não é coisa de um dia para o outro.

O que vai acontecer? Ainda é cedo para dizer. Mas uma coisa é certa: o cheiro de café fresco pela manhã pode em breve vir acompanhado de um gosto amargo de inflação.