
Depois de quase dois anos subindo como um foguete, o café finalmente deu uma trégua no bolso do brasileiro. Segundo dados fresquinhos do IBGE, o preço do produto caiu pela primeira vez em 18 meses — e a notícia já está agitando o mercado.
Não foi uma queda qualquer: o tombo foi significativo, deixando muitos produtores de cabelo em pé. "A gente vinha num ritmo insustentável", comenta um fazendeiro de Minas Gerais, que prefere não se identificar. "Agora o mercado tá dando sinais de cansaço."
O que explica a virada?
Três fatores principais:
- Safra recorde: A produção brasileira veio com tudo este ano, inundando o mercado com grãos de qualidade.
- Dólar mais comportado: Com a moeda americana menos volátil, os preços internacionais perderam pressão.
- Consumo estagnado: Parece que até os viciados em café têm seus limites — a demanda global deu uma segurada.
E tem mais: alguns especialistas arriscam dizer que os estoques mundiais estão "nadando" em café. "É como se todo mundo tivesse estocado demais durante a pandemia e agora tá sobrando", explica um analista do setor, enquanto toma seu terceiro expresso do dia.
E agora, José?
Para o consumidor, é alívio na certa — quem nunca torceu o nariz ao ver o preço do pacote de 500g? Mas para os produtores, a história é outra. Muitos se endividaram pesado para aproveitar os preços altos e agora podem sentir o baque.
"Tá todo mundo segurando a respiração", conta uma comerciante de São Paulo. "Se continuar caindo, vai dar ruim pra muita gente."
Curiosamente, enquanto o café comum cai, as variedades especiais — aquelas que fazem barista ficar com olhos brilhando — seguem firmes. "O consumidor gourmet não liga muito pra oscilação", diz um especialista. "Ele paga o preço que for pelo seu café de origem única."
E você? Já notou diferença no preço do seu cafézinho diário? A queda ainda não chegou às xícaras, mas os especialistas garantem: é questão de tempo.